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Discurso de líder do Hamas prova que Israel sofre riscos, diz Netanyahu
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, disse neste domingo que o discurso do líder do Hamas, Khaled Meshaal, prova que o Estado judaico sofre ameaças e justifica a ocupação de territórios e a criação de assentamentos na Cisjordânia.
No sábado, Meshaal disse que nunca reconhecerá Israel e defendeu um território nos limites da Palestina antes de 1948, quando a ONU (Organização das Nações Unidas) criou o Estado judaico. "A Palestina é nossa do rio [Jordão] para o mar [Mediterrâneo] e do sul para o norte. Não haverá concessão de uma polegada de terra".
Em encontro de gabinete, Netanyahu rebateu as críticas internacionais contra o anúncio de novas colônias na Cisjordânia, que foi encarada como uma represália à aprovação da Palestina com Estado observador não membro na Assembleia Geral da ONU.
"Ontem novamente fomos expostos à verdadeira face de nossos inimigos. Eles não têm a intenção de se comprometer conosco. Eles querem destruir o nosso país".
O chefe de governo voltou a dizer que Israel não sairá da Cisjordânia como o fez da faixa de Gaza, em 2005. Um ano após a saída, o Hamas assumiu o governo local e seu braço militar, as Brigadas Ezz al Din al Qassam, iniciaram uma ofensiva contra as tropas israelenses.
"Se cedermos a Cisjordânia, poderemos correr o risco de transformar Tel Aviv [cidade mais importante de Israel] em alvo de foguetes palestinos".
Sobre o processo de paz, ele se disse querer uma paz verdadeira com os vizinhos, mas que continuará "resistindo às pressões internacionais".
ABBAS
Netanyahu ainda criticou o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, por não reprovar as palavras de Meshaal. O líder do Hamas é rival político do mandatário palestino, que é do Fatah.
"O que é interessante é que esse Abu Mazen [Abbas] não condena as palavras [do Hamas] pedindo a destruição de Israel, assim como ele não reprovou os disparos de foguetes vindos de Gaza. E, para meu desgosto, ele ainda busca unidade com o mesmo Hamas, que é apoiado pelo Irã".
Em seu primeiro mandato como primeiro-ministro, em 1997, Netanyahu tentou matar Khaled Meshaal, então um líder de segundo escalão, em seu exílio na Jordânia em represália contra uma série de ataques terroristas palestinos.
A missão falhou e causou um sério incidente diplomático entre Israel e o reinado jordaniano. A confusão ajudou que Meshaal fosse promovido para o alto escalão do movimento radical palestino.
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