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Líderes europeus comemoram supervisão de bancos do euro pelo BCE
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Líderes europeus comemoraram nesta quinta-feira a aprovação do acordo para a supervisão dos maiores bancos da União Europeia pelo Banco Central Europeu (BCE), aprovada durante a madrugada pelos ministros das Finanças dos 27 países.
União Europeia aprova supervisão de bancos pelo BCE
A medida é a mais importante reforma feita no sistema bancário desde o início da crise na Europa, em 2009. Os representantes concordar em dar autorização ao banco central para supervisão direta de pelo menos 150 bancos do euro e intervenção em bancos menores em caso de problemas.
As instituições afetadas pela decisão são as que possuem ativos de mais de € 30 bilhões (R$ 78 bilhões) ou um quinto da produção econômica do país sede. Criteriosamente, os poderes de fiscalização também ampliam a autoridade da instituição sobre bancos menores.
O presidente da Comissão Europeia (braço executivo da UE), José Manuel Durão Barroso, comemorou o acordo e classificou-o como "crucial e oportuno", em comunicado emitido por seu gabinete.
"Agora esperamos que os legisladores [do Parlamento Europeu] possam finalizar o acordo sobre o mecanismo único de supervisão o mais rápido possível", disse.
CHEFES DE GOVERNO
Em discurso no Parlamento alemão antes da reunião de chefes de governo da União Europeia, a chanceler alemã, Angela Merkel, parabenizou a aprovação, que incluiu todas as exigências colocadas pelos alemães.
"O supervisor bancário é um dos pilares sobre os quais se sustentará a união bancária a que tende a zona do euro, que se encontra em um processo de reforma duro mas irremediável", segundo a chanceler.
Ela também qualificou como avanços o fundo de resgate permanente aos países do grupo, o pacto fiscal e os avanços para reduzir a dívida pública e os deficits fiscais. Merkel se opôs, no entanto, a medidas como os bônus europeus, propostos pela França para diminuir as dívidas dos países mais afetados pela crise.
François Hollande também se disse satisfeito com a união bancária, dizendo que era uma forma de reunir as instituições com o mesmo objetivo.
Paris, no entanto, queria que as 6.000 instituições da zona do euro ficassem sob responsabilidade do BCE, mas foi derrotada pela proposta alemã, que inclui apenas 200 bancos.
O presidente do governo espanhol, Mariano Rajoy, chamou o sistema de um sinal de uma vontade política para que o euro se mantenha como moeda. Os bancos da Espanha foram uns dos mais afetados pela crise e receberam uma ajuda de € 38 bilhões no mês passado.
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