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18/12/2012 - 09h35

Wal-Mart do México paga suborno a autoridades, diz jornal

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DE SÃO PAULO

Reportagem do jornal americano "New York Times" publicada nesta terça afirma que a rede de supermercados Wal-Mart pagou subornos de US$ 52 mil (R$ 109 mil) para violar a lei do México e abrir uma loja na região das pirâmides de Teotihuacán.

Com base em gravações e em documentos, o jornal afirma que a multinacional pagou para que um funcionário do governo mexicano modificasse os mapas que limitam as zonas próximas a Teotihuacán nas quais o comércio está autorizado.

"O plano era simples. O mapa não se tornaria lei até que fosse publicado no 'Diário Oficial'. Assim, o Wal-Mart do México decidiu subornar um funcionário para modificar o mapa antes que fosse enviado", afirma o "NYT".

Segundo registros da própria empresa, US$ 221 mil (R$ 463 mil) foram desbloqueados em 13 de setembro de 2003 "para obter mudanças de zonas para construir cinco supermercados", e um deles por um total de US$ 52 mil" era para a unidade de Teotihuacán, no centro do México, completa o jornal.

O Wal-Mart inaugurou o mercado em dezembro de 2004, apesar de protestos e greves de fome contra a abertura do centro comercial ao lado da cidade ancestral dos astecas.

O jornal estabelece que o "Wal-Mart do México não era uma vítima resistente da cultura de corrupção" e que as práticas ilegais não se limitavam a "agilizar permissões de rotina". Para o "NYT", a empresa "era um agressivo e criativo corruptor, que oferecia generosos subornos para obter o que a lei proibia e superar os rivais".

O jornal identificou 19 localidades no México que seriam alvos dos subornos do Wal-Mart, o maior empregador privado do país, com 221 mil funcionários em 2.275 lojas, supermercados e restaurantes.

OUTRO LADO

O Wal-Mart informou ao "NYT" que não comentaria as acusações, porque realiza uma sindicância interna.

Informou ainda que contratou centenas de advogados, investigadores e contadores forenses para examinar todos os seus 27 braços no exterior e que já achou "graves problemas em potencial", incluindo pagamento de suborno, na China, no Brasil e na Índia. Diversos altos executivos da empresa no México e na Índia foram suspensos ou forçados a deixar o cargo nos últimos meses.

O Wal-Mart diz ainda que aumentou o controle sobre as sindicâncias e que gastou mais de US$ 100 milhões com investigações sobre advogados e lobistas que o representam no exterior, além de treinamentos anticorrupção.

Com AFP

 

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