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Israel acusa ex-ministro e líder de extrema-direita por fraude
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DA REUTERS
O líder de extrema direita israelense Avigdor Lieberman foi acusado neste domingo de fraude e quebra de confiança, alegações que levaram a sua renúncia do cargo de ministro do exterior há duas semanas, afirmaram oficiais da Justiça.
Lieberman, que negou as acusações, continua como líder do partido Yisrael Beitenu, que formou uma coalizão com a legenda de extrema direita do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, o Likud, antes da eleição parlamentar de 22 de janeiro.
Autoridades da Justiça israelenses disseram que Lieberman foi indiciado por acusações relacionadas com a promoção de um diplomata israelense que teria lhe dado informações ilegalmente sobre um inquérito policial contra ele.
De acordo com a lei israelense, a condenação por acusações de fraude e quebra de confiança pode impedir que Lieberman ocupe um posto gabinete do próximo governo.
Lieberman, que vive em um assentamento israelense na Cisjordânia ocupada, tem criado polêmica ao questionar a lealdade de um milhão e meio de cidadãos árabes de Israel.
Seus comentários geraram acusações de racismo, mas também lhe deram um grande número de eleitores, além da sua base de seguidores de língua russa.
No começo do mês, ele irritou a União Europeia ao dizer que ela não tinha condenado suficientemente os discursos dos islamistas do Hamas, que pediam a destruição de Israel, comparando o fato ao fracasso da Europa em deter o genocídio nazista contra os judeus durante a Segunda Guerra Mundial.
O chefe de política exterior da UE disse que os comentários eram ofensivos e reiterou o compromisso do bloco com a segurança de Israel.
Nascido na Moldávia, Lieberman emigrou para Israel em 1978. Ele se tornou o chefe administrativo do partido Likud em 1993 e administrou o escritório do primeiro-ministro de 1996 a 1997, durante o primeiro mandato de Netanyahu. Ele deixou o partido e formou o Yisrael Beitenu em 1999.
Lieberman é o mais recente de uma série políticos israelenses a enfrentar acusações de corrupção nos últimos anos. O ex-primeiro-ministro Ehud Olmert renunciou em 2008, depois de ser acusado, porém até agora, ele foi absolvido da maioria das acusações contra ele.
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