Quadrilha que prostituía nigerianas na Espanha é presa

Uma rede criminosa que fazia mulheres nigerianas entrar ilegalmente na Espanha para depois prostituí-las foi desarticulada com a detenção de 17 pessoas em várias cidades do país, informou a polícia neste domingo.

As mulheres estavam grávidas em sua maioria ou se tornaram mães há pouco tempo, o que lhes garantia a permanência no espaço europeu livre de fronteiras (Acordo de Schengen), e eram controladas pela quadrilha até mesmo quando estavam em centros de apoio a imigrantes, segundo a polícia.

A investigação começou em um desses centros na cidade de Utrera, próxima a Sevilha, onde agentes comprovaram que mais de dez jovens nigerianas tinham frequentes contatos com diversas pessoas de fora.

A partir desse momento, iniciou-se uma investigação que levou à detenção de 17 pessoas, uma delas procedente de Uganda e as outras da Nigéria. Foram apreendidos diversos computadores, telefones celulares, documentos e contratos de trabalho falsos, além de 3.000 euros em dinheiro.

O grupo não estava estruturado de forma piramidal, como costuma acontecer em casos como este, mas funcionava como uma rede heterogênea de pessoas especializadas nas diferentes fases da atividade de prostituição, desde a aliciação das jovens na África até seu controle na Espanha.

Para obrigar as mulheres a se prostituir, os criminosos as aterrorizavam usando diversos rituais de vodu, segundo os investigadores.

Alguns dos membros da rede cometeram, além disso, roubos e diversas infrações administrativas, e também obrigavam suas vítimas a furtar, explicou a polícia.