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15/01/2013 - 11h31

Com Chávez internado, vice prestará contas a Parlamento na Venezuela

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DE SÃO PAULO

O vice-presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, apresentará nesta terça-feira o discurso de Memória e Conta de 2013, em substituição ao presidente Hugo Chávez, que está internado em Cuba se recuperando da quarta cirurgia contra um câncer na região pélvica.

O discurso é apresentado todos os anos à Assembleia Nacional e funciona como uma prestação de contas das ações do Executivo, do mesmo modo que o Discurso do Estado da União nos Estados Unidos. O evento está marcado para às 16h locais (18h30 em Brasília).

Segundo o vice-presidente da Assembleia Nacional, Darío Vivas, Maduro fará o discurso no lugar de Chávez após a permissão do Legislativo. O deputado anunciou que será feita uma reunião com a equipe parlamentar para determinar os temas e a duração do discurso.

Ele ainda criticou alguns deputados da oposição, que ameaçaram um boicote por considerar a posse do vice ilegal. Para Vivas, o não reconhecimento do ex-chanceler como mandatário em exercício é uma forma de desestabilizar o país para convocar um eventual golpe de Estado.

No ano passado, Chávez discursou no Parlamento um mês antes de se submeter à terceira cirurgia contra o câncer. Em um discurso de nove horas, o presidente decretou o fechamento do consulado em Miami e pediu que a oposição respeitasse o resultado da eleição de outubro do ano passado, em que foi reeleito.

PEDIDO

Enquanto os chavistas continuam as atividades de governo como se Chávez estivesse em Caracas, integrantes da oposição ainda tentam impugnar a posse do presidente reeleito, que foi autorizada pela Suprema Corte Venezuelana na última quinta (10).

Na segunda (14), o secretário-executivo da Mesa da Unidade Democrática, Ramón Guillermo Aveledo, enviou uma carta ao presidente do Parlamento do Mercosul, Ignacio Mendoza Unzain, dizendo que houve uma "alteração da ordem constitucional" na "ordem democrática na Venezuela".

Baseando-se no artigo 231 da Constituição, Aveledo disse que o mandato de Chávez terminou na quinta e que a decisão do tribunal foi ilegal porque o presidente não fez juramento. O tribunal aprovou a visão de que não há data estipulada para a declaração, argumento defendido pelos chavistas.

Hugo Chávez está internado em um hospital de Havana desde 11 de dezembro, quando se submeteu à quarta cirurgia contra um câncer na região pélvica. O presidente sofreu complicações e, conforme o governo informou no domingo (13), se recupera, em situação "estacionária".

O venezuelano não aparece nem faz declarações em público desde que chegou à ilha, alimentando boatos de que estaria inconsciente.

 

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