Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
19/01/2013 - 11h40

Líderes africanos pedem mobilização internacional 'mais ampla' no Mali

Publicidade

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Os chefes de Estado e de Governo da África Ocidental, reunidos neste sábado em Abidjan, apelaram por uma mobilização internacional "mais ampla" nas operações militares no Mali, onde soldados franceses e malinenses combatem grupos islamitas armados, na espera da implantação de uma força africana.

"O momento chegou para um engajamento mais amplo das grandes potências e de um número maior de Estados e organizações nas operações militares, a fim de que uma maior solidariedade fortaleça a França e a África na guerra contra o terrorismo no Mali", declarou o chefe de Estado da Costa do Marfim, Alassane Ouattara.

Presidente em exercício da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), ele discursou na abertura da cúpula destinada a acelerar a implantação de uma força de intervenção no Mali, na presença do presidente interino do Mali, Dioncounda Traoré.

O presidente do Chade, Idriss Deby - cujo país não faz parte da CEDEAO, mas prometeu enviar tropas, e o ministro francês das Relações Exteriores, Laurent Fabius, também participam.

A França realiza ataques aéreos e destacou tropas em solo para conter o avanço dos insurgentes, impedindo que os militantes ampliem seu controle na zona deserta do norte de Mali.

Os riscos cresceram muito nesta semana, quando militantes armados citaram a intervenção francesa como pretexto para atacar uma usina de gás na vizinha Argélia e tomar reféns. Há um número desconhecido de mortos e mais de 20 estrangeiros permanecem detidos ou desaparecidos neste sábado.

A crise forçou as nações africanas a acelerarem sua própria missão em Mali, o que estava planejado para acontecer somente em setembro.

A Missão Internacional de Apoio ao Mali (Misma) recebeu mandato da ONU para ajudar o Mali a reconquistar o norte do país, ocupado há mais de nove meses por grupos extremistas islâmicos, que multiplicaram seus abusos.

A operação francesa teve início há dois dias, mas "não substituirá a ação da Misma" que deve ser implementada "o mais rápido possível, o que é o objetivo desta reunião", afirmou Fabius na cúpula.

O presidente nigeriano Mahamadou Issoufou declarou ao jornal francês Le Parisien que "a França está no Mali apenas para apoiar o país e a África".

Cerca de 2.000 membros da Misma devem ser enviados ao Mali até 26 de janeiro. Uma centena de soldados togoleses e nigerianos já chegaram a Bamako.

Oito países da África Ocidental - Nigéria, Togo, Benin, Senegal, Níger, Guiné, Gana e Burkina Faso - mais o Chade anunciaram sua contribuição com a Misma. No total, serão 5.300 soldados do continente africano enviados.

FRANÇA
Dois mil soldados franceses já estão no território do Mali e este número deve chegar a 2.500 em breve, segundo Paris.

"Pode ser que este número seja ultrapassado", afirmou o ministro francês da Defesa, Jean-Yves Le Drian, entrevistado pela rede de televisão France3, acrescentando que no total "cerca de 4.000 militares" estarão "mobilizados para esta operação".

O país afirmou que permanecerá ali o tempo que precisar para restaurar a estabilidade, mas Paris quer entregar a liderança da missão às tropas africanas o quanto antes.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página