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29/01/2013 - 16h28

Intervenção francesa no Mali pode agravar situação na Líbia, diz ONU

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DA REUTERS

A intervenção francesa no Mali para combater rebeldes islâmicos extremistas poderia deteriorar a situação de segurança "precária" na Líbia, onde grupos armados têm atacado autoridades e diplomatas, disse a ONU nesta terça (29).

O enviado especial das Nações Unidas Tarek Mitri, chefe da missão na Líbia, afirmou que o governo central do país enfrenta um sério problema de segurança no leste --onde fica Benghazi, segunda maior cidade líbia e onde o então embaixador dos EUA, Christopher Stevens, e outros três funcionários da representação americana, foram mortos em um atentado em setembro de 2012.

"A oposição de grupos radicais armados à intervenção militar no Mali pode exacerbar o problema, dadas as filiações ideológicas e/ou étnicas, bem como a fronteira permeável na Líbia", disse Mitri ao Conselho de Segurança da ONU.

Um dos gatilhos para a crise no Mali foi o retorno, vindos da Líbia, de combatentes fortemente armados, outrora mercenários a serviço do regime de Muammar Gaddafi, que caiu em 2011, quando o ditador foi capturado e morto.

Os ex-soldados de Gaddafi e a ampla disponibilidade de armas, remanescentes do conflito líbio, inflaram as fileiras de grupos separatistas e islamitas no vizinho Mali, os quais lançaram ataques ao Exército malinês no início de 2012 e tomaram o controle do norte do país.

A Líbia tem receio de que, caso suas vastas fronteiras desertas não possam ser resguardadas, haja uma migração de armamentos e combatentes malineses e estrangeiros, de milícias ligadas à Al Qaeda, com a chegada da ofensiva liderada pela França a outros territórios do norte do Mali.

"Autoridades líbias com as quais eu tive encontros recentemente ressaltaram suas preocupações sobre a situação no leste e solicitaram que providenciássemos uma melhor segurança à comunidade diplomática e aos cidadãos de Benghazi", afirmou Mitri.

Além do atentado de setembro contra americanos, carros da diplomacia italiana também foram alvejados por tiros no último dia 12.

 

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