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02/02/2013 - 06h30

Brasileiros votam para Parlamento italiano

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DIOGO BERCITO
DE SÃO PAULO

A Itália elege, nos próximos dias 24 e 25, deputados e senadores para seu novo Parlamento. A eleição foi antecipada em quatro meses, em razão da crise que levou o primeiro-ministro Mario Monti a renunciar ao cargo.

Italianos residentes no Brasil, incluindo brasileiros com cidadania italiana, registrados em consulado, participam do pleito escolhendo legisladores para representar a América do Sul. São cerca de 350 mil eleitores.

Há ao menos 19 candidatos residentes no Brasil. À Folha eles defendem uma agenda tendo em vista a comunidade ítalo-brasileira--entre as propostas, a mais recorrente é agilizar o processo de obtenção de cidadania italiana.

"A cidadania é uma demanda clássica, assim como a aposentadoria", diz Renata Bueno, candidata a deputada pela Usei (Unione Sudamericana Emigrati Italiani).

Hoje, brasileiros que procurem a cidadania italiana têm de enfrentar anos de fila para resolver essa papelada.

Candidatos ouvidos pela reportagem também enfatizam projetos de intercâmbio de estudantes e ensino de italiano, além do incentivo ao turismo entre os dois países.

Francesco Tripodi, que concorre a deputado pelo Movimento 5 Stelle, diz que os parlamentares eleitos terão de lidar com a realidade da crise. "Candidatos falam que vão conseguir aumento de verba para italianos no exterior, mas isso não é viável."

"Temos de propor coisas factíveis, com o apoio das lideranças da comunidade ítalo-brasileira", diz Andrea Ruggeri, candidato ao Senado pelo Italiani per la Libertà.

São no total 12 deputados e 6 senadores eleitos fora da Itália --eles têm um voto com o mesmo peso daqueles eleitos no país e não necessariamente têm de atuar nos assuntos sul-americanos.

A Câmara italiana é composta de 630 deputados, 4 dos quais são eleitos na América do Sul. São 315 senadores --2 deles escolhidos na região.

CARNAVAL

Os candidatos residentes no Brasil concorrem com os que moram, hoje, na Argentina --que devem ter vantagem logística, já que as cédulas serão distribuídas no Brasil na véspera do Carnaval.

Também deve ser um empecilho a desinformação do eleitor. Na internet ou por telefone, é praticamente inexistente a informação de quais dos candidatos da lista sul-americana moram no Brasil.

É possível eleger italianos residentes fora da Itália desde 2006. Foi quando Edoardo Pollastri foi escolhido para o Senado do país. Em 2008, Fabio Porta foi escolhido para a Câmara dos Deputados.

"Nosso voto [de italianos eleitos no exterior] no Senado era muito importante para manter o governo", diz Pollastri, que afirma ter atuado na autorização para a contratação de mais funcionários em consulados, acelerando pedidos de cidadania.

Pollastri concorre, neste ano, pela Usei. Porta é candidato à Câmara pelo Partido Democratico. Da passagem anterior como deputado, Porta diz que foi uma "experiência de oposição, enfrentando um governo em que as propostas para italianos no exterior não eram aprovadas".

 

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