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Franceses assumem controle de cidade estratégica no norte do Mali
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DA REUTERS
Forças francesas que perseguem rebeldes islâmicos no norte do Mali desceram de paraquedas em uma cidade estratégica e assumiram o controle local nesta sexta-feira, mas um atentado suicida mais ao sul do país e o assassinato de dois civis por soldados na capital Bamaco levantam dúvidas sobre a segurança das operações no país.
Em sua perseguição a militantes aliados da Al Qaeda, na região subsaariana do nordeste do Mali, as forças especiais francesas tomaram a cidade e o aeroporto de Tessalit, a cerca de 50 km da fronteira com a Argélia.
Foi a cidade mais setentrional tomada até agora por tropas francesas e do Chade em sua ofensiva para expulsar os rebeldes islâmicos que estão se retirando para seus esconderijos nas montanhas de Adrar des Ifoghas, onde se acredita que esteja um grupo de franceses que eles sequestraram.
Nas quatro semanas de intervenção militar da França, iniciada em 11 de janeiro, cerca de 4 mil soldados franceses apoiados por aviões de guerra e helicópteros empurraram os rebeldes para fora dos principais centros urbanos do norte do Mali, forçando-os a ir para as montanhas e o deserto.
Mas a velocidade da ofensiva abriu um potencial vazio de segurança atrás das forças francesas que se movem rapidamente. A expectativa é de que nas cidades liberadas a segurança seja feita pelo Exército do Mali e uma força militar mais ampla, de países africanos, que ainda está sendo formada.
Num sinal de vulnerabilidade, o primeiro atentado suicida de que se tem notícia no Mali desde a chegada das forças francesas deixou um soldado malinês ferido nesta sexta-feira, nos arredores de Gao, cidade de onde os rebeldes foram expulsos recentemente.
Desde a retomada do controle de Gao, pelo menos duas explosões de minas terrestres em uma estrada principal de acesso à cidade mataram vários soldados do Mali.
Em Bamaco, soldados do governo e policiais abriram fogo contra um acampamento que abriga paraquedistas leais ao presidente deposto Amadou Toumani Touré e suas famílias, matando ou ferindo vários civis, disseram testemunhas.
O governo informou que dois adolescentes foram mortos e outras 13 pessoas feridas, mas não ofereceu nenhuma explicação sobre o incidente.
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