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25/02/2013 - 18h00

Chávez mantém silêncio, e oposição se prepara para nova eleição

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DA EFE, EM CARACAS

Uma semana depois de retornar a Caracas, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, mantém o silêncio, que começou em dezembro passado e só foi rompido no Twitter na última segunda (18). A oposição discute a sua estratégia e o nome de um candidato, diante da chance de uma eleição antecipada.

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Continuam poucas as informações a respeito do estado de saúde de Chávez, que se recupera no Hospital Militar de Caracas, sob sigilo.

Neste domingo, somou-se ao silêncio presidencial o do governo, liderado interinamente pelo vice, Nicolás Maduro, que não promoveu nenhum ato público na TV nem se manifestou pelo Twitter.

Depois de ter assegurado que o presidente teve reuniões de mais de cinco horas no hospital na sexta-feira com seu gabinete, a única alusão a Chávez e seu estado de saúde foi feita pelo ministro do Planejamento e das Finanças, Jorge Giordani, em entrevista transmitida pelo canal privado "Televen".

"Ele esteve a par permanentemente do que estamos fazendo", afirmou o ministro ao se referir ao conjunto de decisões governamentais e, especialmente, a medidas econômicas como a recente desvalorização de 32% da moeda local.

Segundo Giordani, o complicado pós-operatório que o presidente enfrenta desde que no dia 11 de dezembro foi operado em Cuba --e que faz com que ele respire com a ajuda de aparelhos e tenha a fala dificultada por causa de uma cânula na traqueia-- não o impediu de estar em contato com os membros do Executivo.

"Lembro inclusive de um dia, o 28 de dezembro, quando ele ligou e fiquei surpreso, no sentido de que estava me fazendo perguntas muito específicas de todas as medidas que estamos preparando", relatou o ministro.

O último boletim divulgado pelo governo, na quinta-feira passada (21), dizia que o quadro de insuficiência respiratória persistia, com uma tendência que "não era propícia", embora Chávez continuasse a receber o tratamento para o câncer sem efeitos "adversos significativos".

ADVERSÁRIO

Enquanto isso, a oposição venezuelana começou a preparar sua estratégia perante um cenário de eventuais eleições antecipadas. A aliança opositora, a Mesa da Unidade Democrática (MUD), iniciou o primeiro de vários encontros para escolher um "candidato preventivo", disse o presidente do partido democrata-cristão Copei, Roberto Enríquez.

"Henrique Capriles é uma opção, mas há outros nomes. Há [o prefeito de Caracas] Antonio Ledezma, há [a deputada] María Corina Machado, [o ex-embaixador] Diego Arria... há nomes que, inclusive, pode ser que não estejam na agenda. Enfim, já veremos", disse o oposicionista.

Capriles, advogado de 40 anos e governador reeleito do estado de Miranda, obteve os melhores resultados da oposição no dia 7 de outubro, com 44% dos votos na disputa contra Hugo Chávez. Nas primárias organizadas em fevereiro de 2012, ele recebeu 64% dos votos, apesar de não ser inicialmente o preferido dos partidos tradicionais como Copei ou Ação Democrática (AD).

Além da escolha de seu candidato, a MUD cogita definir uma estratégia "integral," ante a possibilidade de que novas eleições só poderiam ser convocadas segundo a Constituição por uma ausência total do presidente --ou seja, sua renúncia, cassação ou morte.

Em seu último discurso público, no dia 8 de dezembro, antes de viajar a Havana, Chávez anunciou Maduro como seu sucessor político caso não possa seguir à frente do governo. "Maduro é absolutamente derrotável, mas não podemos fazer as coisas da mesma forma", disse o presidente do Copei.

 

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