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02/03/2013 - 15h24

Bolívia e Brasil criam comissão para avaliar asilo a senador boliviano

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DA EFE, EM LA PAZ

Os governos da Bolívia e do Brasil chegaram a um acordo neste sábado para criar uma comissão de autoridades e especialistas que analisará a situação do senador boliviano Roger Pinto, abrigado na embaixada brasileira em La Paz desde maio.

O parlamentar pediu asilo ao Brasil em maio por considerar que era perseguido pelo governo do presidente Evo Morales. O Itamaraty chegou a conceder a moradia ao senador em agosto, mas o governo boliviano não liberou o salvo-conduto que permitiria a saída.

Em encontro com o chanceler da Bolívia, David Choquehuanca, o chanceler Antonio Patriota disse que ambos os países desejam superar o assunto, que foi considerado importante pelo governo.

"O grupo de trabalho contará com representantes das chancelarias e especialistas na matéria para um exame de todos os aspectos relevantes ao caso", disse.

Roger Pinto diz que é vítima de perseguição política por acusar o governo de Evo Morales de corrupção e conivência com o narcotráfico. Ele temia ser preso por responder a 20 ações judiciais abertas pelo governo em diferentes cidades bolivianas.

Pinto é mais um entre os dirigentes da oposição que desde 2006 pedem asilo a países vizinhos, Estados Unidos e Espanha, após acusar o governo de perseguição política e dizer que não terão um julgamento justo. O Executivo nega que exista presos ou perseguidos políticos e argumenta que se tratam de casos de corrupção.

AGENDA BILATERAL

Além das discussões sobre o senador, os chanceleres abordaram outros temas da agenda bilateral, como o combate ao narcotráfico e a integração comercial. Os dois países devem fazer uma reunião conjunta para definir ações de controle nos 3.600 km de fronteira.

O ministro boliviano agradeceu o apoio do Brasil para que a Bolívia inicie o processo de adesão como membro pleno do Mercosul. Choquehuanca também afirmou que a Bolívia respalda o candidato brasileiro à direção geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto Azevêdo.

Além disso, os ministros conversaram sobre a próxima reunião que Morales realizará com a presidente Dilma Rousseff, anunciada para abril, na Bolívia, mas que ainda não tem data definida.

 

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