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Contatos no Vaticano e perfil dão fôlego a dom Odilo Scherer
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FABIANO MAISONNAVE
BERNARDO MELLO FRANCO
FELIPE SELIGMAN
ENVIADOS ESPECIAIS A ROMA
Nos quatro dias entre a renúncia de Bento 16 e as primeiras reuniões formais para escolher o novo papa, o cardeal brasileiro dom Odilo Scherer, 63, apareceu como candidato forte na imprensa italiana e entre analistas que acompanham de perto a Santa Sé ("vaticanistas").
Pesam a favor do brasileiro o bom trânsito com figuras importantes do Vaticano, sua idade relativamente jovem e o fato de estar à frente de um cargo pastoral importante, a Arquidiocese de São Paulo, uma das maiores do mundo em número de fiéis.
Dois religiosos que estão no Vaticano disseram ontem à Folha que dom Odilo tem a confiança do cardeal italiano Giovanni Battista Re, que presidirá a eleição secreta na Capela Sistina. Quando esteve no Vaticano, entre 1994 e 2001, ele trabalhou com Re na Congregação para os Bispos, um dos principais braços da Santa Sé.
Em 2007, ao ser escolhido cardeal pelo então papa Bento 16, dom Odilo foi elogiado por Re diante de outros membros da cúpula da igreja.
O cardeal brasileiro também mantém vínculos com o decano do Colégio dos Cardeais, o italiano Angelo Sodano, que comandará os debates do pré-conclave.
Com Sodano, dom Odilo manteve contato frequente quando ele era secretário-geral da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), e o italiano, chefe da Secretaria de Estado da Santa Sé, no pontificado de João Paulo 2º.
Ontem, sem citar essas ligações, o jornal italiano "La Stampa" publicou que Sodano e Re teriam iniciado uma articulação para fortalecer o brasileiro no conclave.
De acordo com a reportagem, o plano seria lançar dom Odilo a papa e um italiano a secretário de Estado. Para o segundo posto, o jornal cita Mauro Piacenza e o ítalo-argentino Leonardo Sandri.
Outro religioso do Vaticano disse à Folha que dom Odilo tem aparecido nas conversas dentro da Santa Sé devido a características ora tidas como necessárias para o próximo papa: até 70 anos e vindo de fora da Cúria Romana (o "gabinete do papa"), além de atender à obrigatoriedade de dominar idiomas importantes, incluindo o italiano, o inglês e o alemão.
Em Roma, dom Odilo tem mantido rotina discreta e evita a todo custo a exposição pública --deu apenas uma entrevista, à Rádio Vaticano, quando disse que a existência de candidaturas a papa antes do conclave é "fantasia". No sábado, fez uma peregrinação a Assis, ao norte da capital, acompanhado por um grupo de freiras.
Diferentemente do cenário de 2005, quando Bento 16 logo despontou como favorito, a escolha deste ano é considerada mais equilibrada. Analistas e cardeais têm afirmado que um perfil mais claro do novo papa só sairá mesmo a partir desta semana, quando começam as reuniões formais do pré-conclave.
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