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Em Durban, Dilma leva 'chá de cadeira'; Rússia esnoba brasileiro
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DA ENVIADA A DURBAN
A presidente Dilma Rousseff levou um chá de cadeira de quase uma hora e meia do presidente sul-africano Jacob Zuma, anfitrião da Cúpula dos Brics em Durban.
Dilma tinha um encontro bilateral com Zuma às 18h15 no centro de convenções. Ficou esperando durante uma hora e meia, reunida com seus ministros, enquanto Zuma prolongava sua reunião com o presidente da Rússia, Vladimir Putin. Os dois fecharam acordos para manutenção de helicópteros russos e transferência de tecnologia para energia solar e nuclear.
Irritada, Dilma resolveu voltar ao seu hotel. De lá, foi para a cerimônia de abertura da cúpula --mas não foi ao jantar oficial. Segundo assessores da presidente, ela deve se reunir com Zuma hoje. Mas a sensação era de constrangimento por causa da espera a que Dilma foi submetida.
Já os russos parecem ser a pedra no sapato do governo brasileiro nesta viagem. Dilma tem andado para cima e para baixo com o embaixador Roberto Azevêdo, candidato brasileiro à diretoria-geral da Organização Mundial do Comércio --a escolha começa na semana que vem.
Solidariedade entre Brics à parte, os russos indicaram que pretendem apoiar o candidato da Nova Zelândia à chefia da OMC, Tim Groser.
Para completar, a Rússia é o maior entrave para a criação do banco dos Brics. Os russos teriam menos interesse na criação do banco, por verem na instituição pouca utilidade e pouco poder de fogo. O ministro das Finanças russo seria mais conservador e estaria relutante em embarcar na empreitada.
Hoje, a presidente brasileira também pode se encontrar com o presidente do Egito, Mohamed Mursi.
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