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ONG diz que regime sírio atacou bairro curdo e matou 15 em Aleppo
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O grupo opositor Observatório Sírio de Direitos Humanos informou neste sábado que um bombardeio aéreo do regime sírio deixou pelo menos 15 mortos no bairro curdo de Cheikh Maqsoud, em Aleppo. A entidade diz que nove crianças estão entre os mortos.
Segundo a organização, o bairro atingido é controlado pelo Partido da União Democrática, vertente síria do Partido dos Trabalhadores do Curdistão, ilegal na Turquia. Após a ação, milícias curdas atacaram um posto policial do regime de Bashar Assad, matando cinco soldados.
Este ataque aéreo ocorre depois de vários dias de intensos confrontos entre curdos e tropas aliadas ao ditador Bashar Assad. A região enfrentou também começou a receber grupos rebeldes sunitas, que já combatiam o regime em outras áreas da cidade.
Até o momento, os curdos da Síria estavam divididos sobre a guerra civil no país, com a maior parte tentando manter uma posição de neutralidade, em especial por serem discriminados tanto por sunitas, que compõem a maioria dos rebeldes, como por alauitas, vertente do xiismo da qual Assad faz parte.
Desde o início do conflito, em março de 2011, pelo menos 70 mil pessoas morreram em confrontos entre tropas do regime de Bashar Assad e rebeldes, segundo a ONU.
OPOSIÇÃO
Enquanto continuam os confrontos dentro da Síria, os grupos políticos da oposição, com problemas internos, tentam formar um governo. O primeiro-ministro interino da oposição, Ghassan Hitto, abriu as consultas para escolher os ministros de seu gabinete.
Em comunicado, a coalizão opositora diz que os candidatos às 11 pastas serão escolhidos por comitês, que operarão dentro do território sírio. Os postulantes devem ter nacionalidade síria, mais de 35 anos, não ter cometido crimes de guerra, nem ter participado do regime de Assad.
Os ministérios serão Defesa, Interior, Exteriores, Administração Local, Economia e Recursos Públicos, Educação, Agricultura e Recursos Hídricos, Saúde, Infraestrutura e Transportes; Ajuda, Deslocados e Refugiados, e Justiça.
A coalizão foi criticada frequentemente no país por não representar de forma suficiente a oposição interna e por estar desvinculada da realidade do território sírio. A sede do grupo é em Doha, no Qatar, e eles já foram reconhecidos pela Liga Árabe e países ocidentais, como Estados Unidos, França e Reino Unido.
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