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07/04/2013 - 12h47

Kerry diz que negociação com Irã continua, mas deve ter um fim

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DA REUTERS, EM ISTAMBUL

O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, disse neste domingo que as potências mundiais irão buscar novas negociações para resolver a disputa sobre o programa nuclear iraniano, mas enfatizou que o diálogo não pode durar para sempre.

A declaração é feita um dia após mais um fracasso nas negociações entre o grupo 5+1 --Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia, China e Alemanha-- e as autoridades iranianas em Almaty, no Cazaquistão.

Devido às divergências sobre a continuidade das atividades, os negociadores decidiram suspender as conversas. Não foi marcado nenhum encontro futuro.

Em visita à Turquia, Kerry disse que o governo americano quer continuar o processo. "É importante continuar conversando. Estamos abertos e esperançosos de que uma solução diplomática possa ser encontrada".

No entanto, afirmou que o processo não pode ser interminável. Ele ainda citou como fator complicador a eleição presidencial iraniana, em junho, que vai escolher o sucessor de Mahmoud Ahmadinejad.

"Obviamente que as eleições complicam, e estamos cientes disso", afirmou Kerry. "Mas nós vamos continuar. O presidente Obama determinou que sigamos no canal diplomático."

NEGOCIAÇÕES

No sábado (6), a chefe da diplomacia europeia e coordenadora das negociações com Teerã, Catherine Ashton, disse que os dois lados não conseguiram resolver diferenças chave no encontro de dois dias.

O negociador iraniano, Saeed Jalili, exigiu que a República Islâmica tenha seu direito de enriquecimento de urânio reconhecido e disse que as negociações não vão avançar enquanto as potências mantiverem as sanções sobre o país.

As seis potências queriam que o Irã suspenda o enriquecimento de urânio e, em troca, oferecem algum alívio em relação às sanções internacionais contra Teerã. O Irã não aceitou a oferta.

Os países ocidentais temem que os iranianos queiram fazer uma bomba nuclear, o que Teerã nega. Neste caso, o país mais ameaçado seria Israel, que não é reconhecido pela República Islâmica e é chamado de "entidade sionista".

Neste domingo, o ministro de Assuntos Estratégicos de Israel, Yuval Steinitz, cobrou que as potências mundiais estabeleçam um limite de semanas para uma ação militar.

Steinitz, que é próximo ao primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, afirmou a uma rádio que uma ação deveria ocorrer em "poucas semanas, um mês", se o Irã não parar com o seu programa nuclear, o que Israel vê como uma potencial ameaça para a sua existência.

 

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