Atentados na Somália terminam com ao menos 31 mortos e 40 feridos

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Ao menos 31 pessoas foram mortas e 40 ficaram feridas em atentados na cidade de Mogadício, na capital da Somália, realizados pelo grupo Al Shabaab, filiado à rede terrorista Al Qaeda.

Os atentados começaram nesta quarta-feira (14) quando um terrorista suicida colidiu um carro com explosivos em um restaurante movimentado no centro da cidade. Após a explosão, ao menos 20 pessoas foram mantidas reféns dentro do estabelecimento até a manhã desta quinta.

Sobreviventes tiveram de se esconder embaixo de mesas ou atrás de cortinas enquanto os terroristas disparavam as suas armas.

"Eu pensei que nunca teria a chance de ver o sol novamente. Eles estavam matando todas as pessoas à vista", disse a estudante universitária Saida Hussein à agência de notícias Associated Press.

De acordo com a polícia local, todos os cinco terroristas foram mortos por soldados que conseguiram entrar no prédio logo após o amanhecer.

Testemunhas contam que os terroristas se apresentaram como forças de segurança da Somália ao entrarem no restaurante e desligaram a luz do local, dificultando a ação da polícia. A região foi cercada e tiros podiam ser ouvidos a todo momento.

Cinco meninas e um homem sírio que trabalhava como chef no restaurante estão entre as vítimas.

ATENTADOS

Mogadíscio é alvo frequente de ataques realizados pelo grupo Al Shabaab. Em fevereiro, outra explosão de um carro-bomba deixou 20 mortos e 50 feridos na cidade.

O grupo havia prometido intensificar os ataques depois que o governo lançou nova ofensiva contra a facção.

Na semana passada, os extremistas atacaram uma base no Estado de Puntland, no nordeste da Somália, matando ao menos 70 pessoas e ferindo dezenas.

Como resposta, os Estados Unidos conduziram no domingo (11) um ataque aéreo uma base da milícia islâmica na região de Middle Juba, na região sul da Somália.

O Al-Shabab se tornou em 2016 o grupo extremista islâmico mais mortal da África, com mais de 4.200 pessoas mortas em 2016, de acordo com o Centro de Estudos Estratégicos da África, com sede em Washington.

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