Fortalecimento de sanções dos EUA é contraproducente, diz governo russo

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O Kremlin afirmou nesta segunda-feira (24) estar preocupado que as novas sanções propostas pelos Estados Unidos contra Moscou possam prejudicar projetos comerciais com parceiros europeus, mas disse que é muito cedo para dizer se e como retaliaria Washington.

A Casa Branca informou no domingo (23) que o presidente americano, Donald Trump, está aberto a assinar legislações para fortalecer as sanções contra a Rússia, depois que os líderes do Senado e da Câmara dos Deputados chegaram a um acordo sobre um projeto que deve ser votado nesta terça-feira (25).

Congressistas republicanos e democratas afirmaram apoiar o projeto de lei que pune Moscou e limita as capacidades da Casa Branca de interferir nas sanções —que não chegaram a ser detalhadas, mas afetariam também o Irã e a Coreia do Norte.

"Quanto à posição do governo de Washington sobre as sanções, nós vimos algumas correções", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, a repórteres. "Nós vamos esperar pacientemente até que essa posição seja formulada sem ambiguidades."

O porta-voz do governo Vladimir Putin afirmou, porém, que o Kremlin teve "uma visão extremamente negativa" das novas sanções propostas pelos americanos.

O que ele chamou de "retórica de sanções contínuas" é contraproducente e prejudicial para os laços Estados Unidos-Rússia, assim como potencialmente ao interesse de terceiros países.

Peskov se recusou a comentar sobre os relatos de que a União Europeia pode discutir novas sanções contra Moscou devido à entrega de turbinas Siemens para a Crimeia —território ucraniano de maioria étnica russa que Putin anexou em 2014.

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