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23/05/2010 - 08h55

Premiê do Japão se desculpa por manutenção de base americana no país

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DA EFE, EM TÓQUIO (JAPÃO)

O premiê do Japão, Yukio Hatoyama, se desculpou neste domingo em Okinawa, no sul do país, por um plano do governo que prevê manter nessa ilha uma polêmica base militar dos Estados Unidos. Durante a campanha eleitoral, Hatoyama se comprometeu a retirar a base da ilha.

Segundo a agência de notícias Kyodo, Hatoyama viajou neste domingo para Okinawa para se reunir com o governador da região, Hirokazu Nakaima, e informar o acordo geral assinado com os EUA para levar a base aérea de Futenma para a localidade de Nago, no norte da ilha.

Hatoyama "lamentou" o projeto e considerou que será difícil de executá-lo.

Durante seu encontro, aberto à imprensa, Hatoyama reconheceu que não foi capaz de cumprir seu compromisso eleitoral de tirar a base de Futenma, com mais de 2.000 marines americanos, de Okinawa ou inclusive do Japão.

"Ofereço minhas sinceras desculpas por criar confusão à população da Prefeitura ao ter sido incapaz de manter a promessa de transferir a base", disse o chefe do Executivo japonês, citado pela Kyodo.

A base de Futenma está atualmente em Ginowan, uma localidade de cerca de 90 mil habitantes no sul de Okinawa.

Um acordo alcançado com os EUA em 2006 contemplava sua transferência, em 2014, para Nago, cidade menos povoada no norte da ilha e onde já está a base de Camp Schwab, com tropas de terra dos marines americanos.

Hatoyama, que chegou ao poder em setembro do ano passado, tinha prometido revisar esse acordo, mas a rejeição americana em modificá-lo o colocou em uma situação difícil.

O premiê deu o prazo até o dia 31 de maio para solucionar um assunto que representa um forte revés para sua popularidade (atualmente menor do que 20%) e provocou protestos em Okinawa.

Segundo a Kyodo, espera-se que Hatoyama anuncie o novo acordo com os EUA no próximo dia 28.

A viagem de Hatoyama à ilha acontece dois dias depois da breve visita da secretária de Estado americana, Hillary Clinton, a Tóquio, na qual assegurou que ambos os países buscariam uma solução "sustentável" para a transferência da base.

 

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