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25/05/2010 - 20h56

Chefe do Hizbollah ameaça atacar navios em Israel em caso de guerra

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DA REUTERS, EM BEIRUTE

O chefe do grupo libanês Hizbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, disse nesta terça-feira que a organização xiita atacaria todos os navios militares, civis e comerciais destinados à costa do Mediterrâneo de Israel em qualquer guerra futura.

"Se você (Israel) colocar nossa costa sob cerco em qualquer guerra futura, eu digo que todos os navios militares, civis e comerciais destinados à costa palestina no Mediterrâneo estarão sob fogo dos combatentes da resistência islâmica", disse ele em um vídeo durante cerimônia que marcou o décimo aniversário da retirada de Israel do sul do Líbano.

No início deste ano, Nasrallah ameaçou atingir o aeroporto Ben Gurion, em Israel, se o Estado judeu atacar o aeroporto internacional de Beirute em qualquer conflito futuro.

"(Para) estes navios que irão a qualquer porto na costa palestina do norte ao sul, (eu digo que) somos capazes de atingi-los e estamos determinados a fazê-lo... se eles cercarem nossa costa", disse ele.

"Quando o mundo testemunhar como estes navios serão destruídos em águas regionais palestinas ninguém se atreverá a ir até lá assim como bloquear (outros) de chegarem à nossa costa", disse ele a milhares de simpatizantes.

Os comentários de Nasrallah coincidem com um exercício de cinco dias em Israel, iniciado no domingo, para testar a preparação do Estado judeu contra possíveis ataques a mísseis da faixa de Gaza e do Hizbollah, no Líbano.

Histórico

Israel tem realizado exercícios de defesa civil anualmente há três anos e autoridades militares dizem que a atividade atual é a maior nos 62 anos de história do país.

O Hizbollah travou uma guerra de 34 dias com Israel em 2006 após o grupo ter capturado dois soldados israelenses em uma operação na fronteira. Cerca de 1.200 pessoas no Líbano, na maioria civis, e 160 israelenses, na maioria soldados, morreram no conflito.

Israel atacou subúrbios de Beirute e o sul do Líbano, de maioria xiita, onde o Hizbollah mantém seu reduto e de onde Israel se retirou em 2000.

Os ataques de Israel também atingiram pontes, estradas, aeroportos, portos, indústrias, redes de energia e abastecimento de água, e instalações militares.

A tensão é alta na região após Israel ter acusado a Síria em abril de fornecer ao Hizbollah mísseis Scud de longo alcance. Damasco negou a afirmação e acusou Israel de estar fomentando uma guerra.

Nasrallah negou-se a confirmar ou negar que seu grupo obteve mísseis Scud da Síria.

 

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