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Obama: "O vazamento de petróleo é tão enfurecedor quanto doloroso"
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da Reportagem Local
O vazamento de petróleo no Golfo do México, que a British Petroleum (BP) admitiu hoje que não conseguiu deter com uma injeção de lodo pesado, é "tão enfurecedor quanto doloroso", afirmou o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.
Em comunicado depois que a companhia petrolífera admitiu seu fracasso e declarou que começará agora um método diferente para tentar deter o vazamento, Obama disse que "está claro que não funcionou" a injeção de lodo e as autoridades federais ordenaram à companhia o fim dessa operação.
O presidente americano adverte que o método que vai ser usado agora "não tem riscos, mas ainda nunca foi tentada".
Esse método, que demorará quatro dias para ser posto em funcionamento, consiste em serrar com submarinos-robô os encanamentos.
O procedimento, destacou Obama, será "difícil e demorará vários dias" para poder ser aplicado, sem que também não tenha garantias de sucesso.
No entanto, assegurou, as autoridades federais "não retrocederão" até ter conseguido a completa limpeza da maré negra e o fim do vazamento.
Qualquer solução à qual se chegue por enquanto seria temporária. A solução definitiva só vai vir daqui a dois meses mais, os necessários para concluir a perfuração, já em andamento, de um novo poço para substituir o estragado.
Enquanto isso, os especialistas do governo calculam que já vazaram no golfo no mínimo 68 milhões de litros de petróleo.
Aumento de contingente
Na sexta-feira, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, prometeu triplicar o número de pessoas que trabalham nas operações de contenção do vazamento no Golfo do México, atualmente em mais de 20 mil civis e 1,4 mil membros da Guarda Nacional.
Ele visitou a costa da Louisiana, local mais atingido pelo vazamento, pela segunda vez desde o início do problema, e comparou a situação a um ataque ao país.
"[O vazamento] é um ataque à nossa costa, ao nosso povo, à economia regional e a comunidades como essa", disse ele. "As pessoas estão assistindo suas formas de sustento se esvaindo na praia."
Obama ficou no local mais do que as duas horas previstas, ouviu histórias de pessoas afetadas e reiterou que o governo americano vai continuar trabalhando até que o problema seja resolvido.
Analistas americanos dizem que a revolta popular com o vazamento, inicialmente dirigida à empresa que tem tentado acabar com o problema, a petroleira BP, parece agora ter Obama como alvo.
Com Efe e BBC Brasil
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