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31/05/2010 - 17h48

Novos ataques contra minorias deixa ao menos 12 mortos no Paquistão

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DA FRANCE PRESSE, EM LAHORE

Homens armados abriram fogo contra um hospital no Paquistão onde estavam internadas as vítimas dos ataques a duas mesquitas da seita dos Ahmadis, deixando doze mortos nesta segunda-feira (31).

Os homens abriram fogo no portão do Hospital Jinnag, na cidade de Lahore, onde vítimas e um dos suspeitos dos ataques de sexta-feira passada (28) contra as mesquitas dos Ahmadis, um grupo muçulmano minoritário, estavam sendo tratados, explicou o médico Javed Akram.

"Eles começaram a atirar de forma indiscriminada na emergência e na unidade de tratamento intensivo", informou o profissional.

"Como consequência, 12 pessoas morreram. A maioria dos mortos é de policiais. Alguns guardas e atendentes do hospital também morreram", disse.

Atentados

Os ataques da sexta-feira aconteceram nas regiões de Model Town e em Garhi Shahu, em Lahore, no leste do Paquistão. Ela é a segunda maior cidade do país, e um centro político, militar e cultural, cenário dos mais espetaculares ataques de militantes no país no último ano.

Dois grupos de homens fortemente armados --sete no total-- protagonizaram as ações, que ocorreram com poucos minutos de diferença, fazendo reféns e aparentemente planejando lutar até a morte. Eles pertencia supostamente a um grupo ligado ao Taleban paquistanês.

Três militantes morreram ao explodir bombas que traziam junto ao corpo, e dois foram capturados. Ao menos 80 pessoas foram mortas e dezenas ficaram feridas.

Os atentados foram os mais letais contra a comunidade Ahmadi e reforçam a ameaça a grupos de minorias religiosas vinda dos mesmos militantes que continuamente atacaram o governo paquistanês, aliado aos EUA, e ameaçaram desestabilizar o país.

Os ahmadis foram declarados uma minoria não muçulmana pelo governo paquistanês nos anos 1970, e são proibidos de se denominarem muçulmanos ou participarem de atos muçulmanos, como orações islâmicas.

O grupo sofreu anos de discriminação sancionada pelo governo e ataques esporádicos cometidos por radicais sunitas no Paquistão, mas nunca antes numa escala tão grande.

 

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