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31/05/2010 - 21h28

Candidatos começam contagem regressiva para alianças do 2º turno na Colômbia

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DA EFE, EM BOGOTÁ

O candidato do Governo Juan Manuel Santos, grande vencedor da votação deste domingo na Colômbia, e o candidato do Partido Verde Antanas Mockus, começaram nesta segunda-feira a contagem regressiva para tecer alianças frente ao segundo turno das eleições presidenciais, programado para o dia 20 de junho.

Santos, ex-ministro da Defesa do atual presidente Álvaro Uribe, reiterou hoje sua disposição de conversar com os partidos interessados em dar forma a um governo "de união nacional", que ele propôs ontem à noite após saber da sua vitória.

Na mesma linha, Mockus defendeu que agora é preciso "estudar o que acontece" com os eleitores dos quatro candidatos presidenciais derrotados e assim analisar possíveis alianças. "Não é provável, mas sim possível ganhar em um segundo turno", disse.

Contrariando as pesquisas, que colocavam Santos e Mockus praticamente empatados, o candidato do governista Partido Social da Unidade Nacional ganhou ontem com 46,5% dos votos.

No entanto, ele não conseguiu a maioria absoluta e terá que disputar a Presidência com o ex-prefeito de Bogotá, Mockus, que ficou em segundo lugar com 21,5% dos votos.

Em comunicado divulgado hoje, Mockus adverte: "Acredito em uma aproximação pública e transparente entre os partidos, não nos acordos tradicionais entre eles. Aqui não há nada para dividir, só princípios e ideais para compartilhar".

Ele acrescentou que o Partido Verde deixa "as portas abertas" para os partidos e cidadãos que queiram somar-se a mudança que sua campanha propõe no segundo turno.

Santos ou Mockus?

Germán Vargas Lleras, do Mudança Radical e terceiro candidato mais votado, disse que os parlamentares de seu partido devem determinar nos próximos dias se apoiam Santos ou Mockus.

A abstenção na Colômbia, onde o voto não é obrigatório, alcançou níveis históricos (51%). Segundo os analistas, isso prejudicou Mockus, que conseguiu um grande respaldo, sobretudo, entre os jovens e nas redes sociais da internet.

As pesquisas "nos iludiram e a crua realidade das votações efetivas é a que conta. Nos desconcertou", admitiu hoje o candidato verde ao reconhecer que chegou a pensar inclusive que era possível ganhar no primeiro turno.

Na noite de ontem um Santos eufórico dedicou sua vitória ao presidente Uribe e a seu "imenso legado", e hoje se reuniu em particular com o líder na Casa de Nariño (sede do governo).

Santos também ganhou entre os colombianos residentes no Equador e na Venezuela, enquanto Mockus fez uma votação maior na Espanha e arrasou em outros países europeus como a Alemanha e a Áustria.

Pleito

Segundo o governo, essas foram as eleições mais tranquilas das últimas décadas, só denegridas por alguns enfrentamentos isolados entre as forças de segurança e as guerrilhas em zonas rurais.

Em seu relatório final sobre o desenvolvimento do pleito presidencial, a ONG independente Missão de Observação Eleitoral (MOE) comemorou a queda de irregularidades como a compra e a venda de votos em comparação com eleições legislativas do dia 14 de março.

No entanto, alertou sobre o aumento de ações armadas por parte de "diferentes grupos à margem da lei", com um total de 21 frentes contra as 10 contabilizadas na votação de março.

 

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