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01/06/2010 - 21h09

Órgão de saúde britânico defende preço mínimo para bebidas alcoólicas

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DA REUTERS, EM LONDRES

O governo britânico deveria estabelecer um preço mínimo para bebidas alcoólicas e considerar a proibição de anúncios para reduzir o abuso de álcool, que mata milhares de britânicos todo ano, defendeu o organismo que avalia os gastos do governo com saúde.

O Instituto Nacional para Excelência Clínica e de Saúde (NICE, na sigla em inglês), que aconselha sobre a efetividade dos custos das medidas de saúde, disse que estabelecer um preço mínimo por unidade ajudaria a "compensar alguns dos sérios problemas sociais, econômicos e de saúde que surgem como consequência do abuso da bebida".

O secretário de Saúde, Andres Lansley, disse que ele ainda teria de ser convencido sobre um preço mínimo, mas o governo está determinado a impedir que supermercados vendam álcool abaixo do preço de custo e a introduzir leis de mais rígidas para licença de estabelecimentos.

"Não está claro se a pesquisa examina especificamente o efeito regressivo [do preço mínimo] em famílias de baixa renda, ou prova conclusivamente que esse é o melhor jeito de causar um impacto no preço para levar a um impacto na demanda", disse, em comunicado.

O ex-primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown, rejeitou um pedido do escritório do centro médico britânico no ano passado de estabelecer um preço mínimo de 50 centavos de libra por unidade alcoólica --um nível que quase dobraria o preço de algumas cervejas e vinhos baratos.

Ministros de Saúde em todo o mundo concordaram na semana passada em tentar combater o hábito de beber grande quantidade de álcool em um curto espaço de tempo [conhecido como "binge drinking"] e o uso excessivo de álcool por meio de impostos mais altos em bebidas alcoólicas e leis publicitárias mais rígidas.

Especialistas dizem que o serviço público de saúde britânico, o National Health Service, que enfrenta um deficit de recursos da 15 bilhões de libras após 2011, gasta cerca de 2,7 bilhões de libras por ano tratando de efeitos do álcool.

"Esse dinheiro poderia ser gasto para tratar condições que não podem ser prevenidas tão facilmente", disse Mike Kelly, diretor de saúde pública do NICE.

Além de contribuir para mortes e ferimentos em batidas de carro e outros acidentes, o álcool também está associado a doenças do fígado, câncer, envenenamento, doenças do feto e doenças cardíacas, que são a principal causa de morte entre homens e mulheres em países industrializados.

 

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