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Líbia ordena que agência da ONU abandone o país
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DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
As autoridades líbias ordenaram aos representantes do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) que fechem seu escritório na Líbia e abandonem o país, informou nesta terça-feira uma porta-voz da agência.
O ACNUR, que tem um escritório na Líbia desde 1991, emprega 26 pessoas nesse país, em sua maioria líbios, informou Melissa Fleming, manifestando o desejo de que a decisão das autoridades, adotada na quarta-feira passada, seja temporária. As autoridades líbias não deram qualquer explicação sobre sua decisão, acrescentou a porta-voz.
A agência presta socorro humanitário a cerca de 9.000 refugiados e 3.700 pessoas que solicitaram asilo. "As autoridades líbias ordenaram o fechamento de nosso escritório", indicou Fleming.
A decisão foi tomada após um incidente registrado entre domingo e segunda-feira, quando um bote com vinte líbios que buscariam asilo político em outros países, provavelmente a Itália, estava à deriva no mar Mediterrâneo perto das costas de Itália e da ilha de Malta mas não foi resgatado pelas autoridades de nenhum dos dois países europeus.
A embarcação, que carregava três mulheres e uma criança de oito anos, foi rebocada por um navio líbio até seu território.
A porta-voz do ACNUR destacou que o bote transportava em sua maioria imigrantes da Eritreia, e ficou 24 horas sob risco de naufrágio, apesar de as guardas costeiras da Itália e de Malta estarem próximas o suficiente para efetuar o resgate.
"Esta situação poderia ter resultado numa tragédia e nós nos perguntamos o por quê", disse. Ela relembrou que a agência da ONU criticou a estratégia de Malta e da Itália de recusar os botes com imigrantes que se aproximam de suas costas, dando à Líbia a total responsabilidade sobre as tentativas de imigração ilegal pelo Mediterrâneo.
Enquanto enfrentava risco de naufrágio, "o bote estava à deriva dentro ou próximo à área de buscas e resgates de Malta", e se encontrava a 40 milhas náuticas da costa italiana, disse a porta-voz da ACNUR.
As operações do escritório no país prestam auxílio sobretudo a cidadãos refugiados dos territórios palestinos, do Iraque, Sudão, Somália e Eritreia.
Além de seu trabalho com os grupos de refugiados, o organismo também estava autorizado a visitar 15 centros de detenção de imigrantes com o objetivo de verificar suas condições e determinar o status legal destas pessoas.
Fleming relembrou que a Líbia não assinou a Convenção sobre Asilo de 1951 (a mais importante e universal sobre o assunto) e não possui um sistema nacional de asilo político, de modo que a ACNUR cumpria um papel fundamental nas avaliações de solicitações de asilo ao país.
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