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08/06/2010 - 23h19

Justiça determina restabelecimento de tráfego em ponte que liga Argentina a Uruguai

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GUSTAVO HENNEMANN
DE BUENOS AIRES

A Justiça federal argentina determinou nesta terça-feira que o governo restabeleça o trânsito na ponte internacional que liga Gualeguaychú, na província de Entre Ríos, à cidade de Fray Bentos, no Uruguai.

Desde 2006, manifestantes argentinos mantêm a ponte bloqueada em protesto à instalação de uma indústria de celulose finlandesa no lado uruguaio. A fábrica contamina a água do rio Uruguai e prejudica o turismo da região, segundo os manifestantes.

No despacho, o juiz disse estar apenas ratificando uma ordem judicial de 2006, que já determinava a liberação da ponte e que não havia sido cumprida.

Também pediu para que as forças de segurança zelem pela integridade física dos manifestantes ao desfazer o bloqueio.

Até a noite desta terça-feira, no entanto, a Gendarmería --força de segurança que guarda as fronteiras do país-- não tinha recebido ordens para restabelecer o trânsito na ponte.

Os governos da presidente Cristina Kirchner e de seu marido e antecessor, Néstor, nunca condenaram duramente o bloqueio e sempre se negaram a remover os manifestantes à força, apesar das pressões uruguaias. O resultado foi uma crise diplomática entre os países vizinhos, que hoje ensaiam uma reaproximação.

O conflito em torno da indústria de celulose foi levado à CIJ (Corte Internacional de Justiça) pela Argentina, que acusava o Uruguai de violar normas de proteção ambiental do Estatuto do rio Uruguai, assinado pelos dois países em 1975.

Em abril, a CIJ concluiu que o Uruguai descumpriu o tratado, mas disse não ser possível comprovar a contaminação da água. Por isso, negou a reivindicação argentina, que pedia a paralisação da fábrica. A Corte mandou os dois países estabelecer um método de monitoramento da qualidade da água do rio.

Os manifestantes, no entanto, não se contentaram com a decisão da Corte e decidiram manter a ponte bloqueada. Nesta terça à noite, os líderes do protesto se disseram "preparados para resistir" a qualquer tentativa de liberação da ponte, segundo a imprensa argentina.

 

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