Ingleses fazem minuto de silêncio pelos 12 mortos por um atirador há uma semana

Milhares de moradores de uma área no norte da Inglaterra participaram de missas e de um minuto de silêncio nesta quarta-feira em memória das 12 pessoas mortas há uma semana no pior tiroteio no Reino Unido em 14 anos. Missas e orações foram feitas nas cidades e vilas no Condado de Cumbria, seguidas por um minuto de silêncio.

A polícia ainda investiga o que motivou o crime.

O taxista Derrick Bird, 52, dirigiu na quarta-feira passada (1) pela região turística de Lake District, no Condado de Cumbria, efetuando disparos de dentro do seu carro. O atirador matou 12 pessoas --incluindo seu irmão gêmeo, antigos amigos de trabalho e estranhos-- e feriu 25, deixando 30 cenas de crime diferentes para a polícia analisar.

Segundo a polícia, Bird matou dez pessoas em apenas uma hora, atirando da janela do carro e mirando muitas vezes no rosto das vítimas.

O atirador teria fugido de carro para o sul da região, em seguida abandonado o veículo no campo e continuado a fugir pé. Após o crime, a polícia encontrou o corpo do suspeito na vila de Boot, na mesma região, com uma arma ao seu lado. Ele teria se suicidado.

Tiroteios em massa são raros no Reino Unido, onde a legislação para obter porte de arma é rígida.

Em 1987, o colecionador de armas Michael matou 16 pessoas na cidade de Hungerford. Em 1996, outro atirador, Thomas Hamilton, matou 16 crianças e a professora em uma escola em Dunblane, na Escócia.

O príncipe Charles --conhecido por visitar a região todos os anos-- disse que vai visitar a cidade costeira de Whitehaven na sexta-feira para "mostrar seu apoio e simpatia pela comunidade". Charles disse que ele e sua mulher, Camila, estavam "completamente horrorizados" com o crime.