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15/06/2010 - 17h03

Irlanda expulsa diplomata israelense por episódio de falsificação de passaportes

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DA EFE, EM DUBLIN

O governo irlandês expulsou um membro da embaixada israelense em Dublin depois de investigar o uso de passaportes falsos de oito irlandeses, usados no assassinato do líder do Hamas, Mahmoud Al Mabhuh, em 20 de janeiro, em Dubai.

O ministro irlandês dos Assuntos Estrangeiros, Micheál Martin, anunciou a medida nesta terça-feira depois de considerar as recomendações feitas por dois inquéritos, de seu próprio Ministério e da Polícia Nacional.

Após a morte do líder do Hamas, a polícia de Dubai emitiu mandado de prisão para 11 pessoas, que usaram passaportes falsos da Irlanda, Reino Unido, França, Austrália, Alemanha.

"O fato de falsos passaportes irlandeses serem usados conduz à inexorável conclusão de que uma agência do governo israelense é responsável pela utilização indevida e falsificação dos passaportes ligados ao assassinato de Mabhuh", disse Martin.

O diplomata chefe da Irlanda afirmou que esforços têm sido desenvolvidos para obter a cooperação das autoridades israelenses nas investigações, mas eles não estariam respondendo ou se recusando a cooperar.

Martin explicou que segundo as regras da diplomacia internacional não pode revelar a identidade do funcionário expulso ou a sua posição na missão de Israel, mas pediu ao embaixador de Israel em Dublin (Zion Evrony) para agir "rapidamente".

"Deixe-me ser claro, o funcionário em causa não é suspeito de nada em particular. Ao ser forçado a deixar o cargo prematuramente ele se torna uma vítima das ações do Estado que ele representa", concluiu o ministro.

Ação

Os passaportes falsos foram usados por supostos agentes do serviços de inteligência israelense Mossad para matar a tiros, em janeiro passado em um hotel do emirado, Mahmoud al Mabhuh, um alto dirigente do movimento islâmico Hamas.

Em uma operação clandestina do estilo que tornou o Mossad famoso, os assassinos viajaram para Dubai procedentes de seis cidades europeias e Hong Kong, e vários usaram o mesmo cartão de crédito para fazer reservas de hotéis e comprar passagens de avião.

Após cumprir suas distintas tarefas encomendadas e matar Mabhuh, deixaram o emirado com destino à África do Sul, Irã e Hong Kong.

 

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