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16/06/2010 - 10h24

Presidenciáveis colombianos dizem que entregarão dados das Farc ao Equador

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DA ANSA, EM BOGOTÁ

Os candidatos à presidência da Colômbia, Juan Manuel Santos e Antanas Mockus, afirmaram que se forem eleitos entregarão ao governo do Equador o conteúdo dos computadores apreendidos do chefe guerrilheiro Raúl Reyes.

"Se chego a ser presidente da República não teria nenhum problema em revelá-los, e se essa é a condição que está solicitando o presidente do Equador [Rafael Correa] para restabelecer e normalizar as relações, daria-lhe esse computador sem nenhum problema", declarou o governista Santos.

Em 1º de março de 2008, tropas colombianas bombardearam um acampamento das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) situado em território equatoriano. A ação resultou na morte de 26 pessoas, entre elas Reyes, que era o então número 2 do grupo armado.

Crise

O caso desencadeou uma crise diplomática bilateral já que Correa rompeu relações com a Colômbia após o ataque. Recentemente, os dois governos deram início a um processo de reaproximação, mas Quito ainda reivindica que Bogotá lhe envie as informações contidas nos computadores das Farc recolhidos durante a operação.

Santos, ex-ministro da Defesa do mandatário Álvaro Uribe, é considerado pelo Equador um dos mandantes da ação, e durante um debate entre os candidatos para o primeiro turno das eleições, há dois meses, chegou a se declarar "muito orgulho" pela operação militar.

Em contrapartida Mockus, ex-prefeito de Bogotá que pertence ao oposicionista Partido Verde, assinalou que por sua "orientação básica" entregaria os dados contidos nos processadores e os faria públicos "nas organizações do mundo", apesar de que os manteria sob reserva em caso de existir uma "consideração jurídica muito forte".

Segundo a versão oficial do governo da Colômbia, nos computadores portáteis recolhidos havia evidências de supostos nexos das Farc com os governos de Equador e Venezuela, o que foi rechaçado por ambas nações.

Santos e Mockus falaram sobre o tema durante um debate transmitido pela imprensa ontem. Os dois se enfrentarão neste domingo no segundo turno das eleições presidenciais colombianas. Na primeira etapa do pleito, ocorrida no dia 30 de maio, o governista obteve 46,54% dos votos, enquanto que o oposicionista angariou 21,49%.

 

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