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Em julgamento, ex-ditador Noriega acusa EUA de inventar provas
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DA FRANCE PRESSE, EM PARIS (FRANÇA)
O ex-ditador panamenho Manuel Antonio Noriega denunciou nesta terça-feira o que chamou de "montagem bancário-financeira imaginária" por parte dos Estados Unidos ante o Tribunal Correcional de Paris. Noriega compareceu ao segundo dia de seu julgamento por lavagem de dinheiro do cartel de Medellín, quando era chefe de Estado do Panamá (1981-89).
"Digo com toda humildade e respeito que esta é uma montagem bancário-financeira imaginária dos Estados Unidos", afirmou o ex-ditador, que nega ter lavado cerca de 2,3 milhões de euros ou qualquer vínculo dos narcotraficantes.
O julgamento no Tribunal Correção de Paris deve seguir até amanhã e pode render pena de até dez anos de prisão a Noriega.
Ele mantém o argumento de que lutou contra o tráfico de drogas e que o dinheiro veio de outras fontes, incluindo pagamentos da CIA (central de inteligência americana). Ele era considerado um aliado importante pela agência por anos antes de ter se unido com traficantes de drogas e ser implicado na morte de um rival político.
O ex-militar já foi julgado à revelia pelas mesmas acusações em 1999 pelo Tribunal Correcional de Paris, que impôs uma multa de 11,2 milhões de euros. O Tribunal pediu ainda sua extradição aos EUA, onde passou 20 anos cumprindo sentença por tráfico de drogas.
Capturado por soldados americanos que invadiram o Panamá em 1989, Noriega foi condenado nos EUA a 40 anos de prisão por tráfico de drogas, mas a pena foi reduzida e terminou em setembro de 2007. Noriega foi extraditado à França em 27 de abril e está em prisão em Paris.
Na sexta-feira passada, a Corte de Apelações de Paris recusou um pedido de liberação do ex-ditador, que reivindica seu estado de prisioneiro de guerra e sua imunidade como chefe de Estado. Assim, ele não pode usar seu uniforme militar na França.
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