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07/07/2010 - 08h25

China executa principal acusado em processo contra máfia de Chongqing

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O ex-chefe de justiça e ex-comandante da polícia da metrópole chinesa de Chongqing, Wen Qiang, 54, foi executado nesta quarta-feira no cumprimento de sentença por corrupção, proteção e tolerância de grupos mafiosos, além de estupro.

Wen foi uma das principais autoridades de polícia e da justiça entre 1996 e 2009, na localidade de 30 milhões de habitantes.

Segundo a justiça, ele protegia grupos do crime organizado em Chongqing, no sudoeste da China, além de praticar suborno, estupro e roubo de propriedade. No julgamento, ele argumentou ter cooperado com a investigação e pedia pena mais branda.

A agência oficial de notícias Xinhua informou que ele foi executado na manhã desta quarta-feira, em Chongqing.

O julgamento de Wen chamou a atenção da opinião pública chinesa pelas revelações sobre a aliança entre os dirigentes locais e os criminosos. Segundo a justiça, ele protegeu vários grupos mafiosos.

O chefe do Partido Comunista de Chongqing, Bo Xilai, ganhou popularidade em todo o país ao liderar a megaoperação --no que alguns analistas dizem ser um esforço ensaiado para ganhar espaço no cenário político nacional durante a mudança de liderança prevista para 2012.

A megaoperação de combate à corrupção e ao crime organizado, iniciada no ano passado, deteve ainda outras 3.300 pessoas e processou centenas.

Na lista, está a cunhada de Wen, Xie Caiping, que também ajudava a proteger os criminosos e foi condenada a 18 anos de prisão, em novembro de 2009. Outros três cúmplices de Wen, também ex-policiais, foram condenados a penas entre 17 e 20 anos de prisão.

Já a mulher de Wen, Zhu Xiaoya, foi condenada a uma pena de oito anos de prisão, reduzida porque se entregou às autoridades.

Os julgamentos foram marcados por relatos gráficos de homicídio e extorsão cometidos por policiais transformados em bandidos, com cidadãos protestando em frente ao governo com fotos de vítimas e espadas supostamente usadas pelas gangues.

As sessões do julgamento foram inicialmente populares com a mídia e o público, mas a pressa em entregar a condenação causou preocupações na comunidade chinesa legal.

Um dos advogado de defesa chegou a ser preso por aconselhar seu cliente a denunciar que havia sido torturado sob custódia.

 

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