Ingrid Betancourt rejeita indenização proposta pela França

A ex-candidata à Presidência da Colômbia Ingrid Betancourt, refém das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) durante seis anos e meio, anunciou neste sábado que rejeita a indenização proposta pelo Estado francês por ter sido sequestrada.

Betancourt, de nacionalidade franco-colombiana, anunciou mediante um comunicado que "renúncia à oferta do Fundo de Garantia de Vítimas e agradece ao Estado francês por ter reconhecido generosamente seu direito a uma reparação".

A decisão foi divulgada depois que Betancourt desistiu de uma ação de conciliação contra o Estado colombiano no dia 13 de julho. Na ação ela solicitava um pagamento milionário como ressarcimento a seu longo cativeiro, após a inundação de críticas recebidas.

"Tendo renunciado a iniciar o pedido de indenização na Colômbia, Ingrid Betancourt pretende atuar em consequência com a França, que a apoiou durante os seis anos de seu sequestro e desde sua libertação", acrescenta o comunicado.

Em dois pedidos de conciliação, apresentadas no dia 30 de junho, Betancourt aspirava obter do Estado colombiano uma indenização de mais de US$ 6,8 milhões.

As solicitações de conciliação extrajudicial foram apresentadas por seus advogados em nome da própria Betancourt, sua mãe Yolanda Pulecio, seus dois filhos e sua irmã Astrid.

As aspirações da família Betancourt foram divulgadas no dia 9 de julho pela imprensa colombiana e imediatamente se gerou uma onda de críticas, inclusive de outros ex-reféns