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Países vizinhos apostam em transição liderada pelo povo afegão
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DA EFE, EM CABUL (AFEGANISTÃO)
Os representantes do Irã, Paquistão e Índia apostam em uma transição de responsabilidades do conflito no vizinho Afeganistão liderada pelo seu próprio povo. Eles defenderam a ideia durante a Conferência de Cabul, evento internacional que discute nesta terça-feira como entregar a segurança do país às forças afegãs até 2014.
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"A solução para a crise no Afeganistão não é militar. Temos que confiar no povo afegão e transmitir a responsabilidade. O Irã apoia a "afeganização", disse o ministro das Relações Exteriores iraniano, Manouchehr Mottaki.
O Irã é o país mais abertamente crítico da presença de tropas internacionais no Afeganistão. Mottaki chamou de "inaceitável" o fato de que, apesar da presença de milhares de tropas estrangeiras, o cultivo de droga esteja crescendo --o Afeganistão é o maior produtor de ópio do mundo, responsável por mais de 90% de sua produção.
"Somente uma parte do dinheiro chega aos afegãos, a maioria do dinheiro vai para os bancos ocidentais", disse o ministro iraniano.
As críticas criaram um momento constrangedor no evento, quando o enviado da ONU (Organização das Nações Unidas) no Afeganistão, Staffan de Mistura, tentou fazer com que Mottaki encerrasse o discurso crítico, lembrando que ele ultrapassara o seu tempo.
Menos críticos da presença internacional no país, os ministros das Relações Exteriores da Índia e do Paquistão, SM Krishna e Shah Mahmud Qureshi, respectivamente, mantiveram contudo a rivalidade acentuada sobre a influência na política afegã.
Krishna lembrou os programa indianos de assistência ao país e apostou em um Afeganistão democrático, pluralista e "livre de interferência externa". Ele disse que os esforços para a paz na região devem ser conduzido por afegãos e incluir toda a população.
"A estabilidade e o desenvolvimento econômico afegãos dependem muito de seus vizinhos e da região como um todo. Os vizinhos do Afeganistão devem se unir para criar uma maior cooperação regional e facilitar o comércio e o trânsito", afirmou o ministro indiano.
O paquistanês Qureshi concordou, argumentando que os países da região têm "uma responsabilidade especial com o Afeganistão" --devem prometer não interferir nos assuntos internos do país.
Qureshi se referia aos mecanismos regionais já existentes que visam melhorar a cooperação na área e a situação no Afeganistão; Segundo o ministro, "não há necessidade de novas estruturas formais ou informais ou mecanismos regionais".
Segundo o ministro paquistanês, seu governo está pronto para ajudar o Afeganistão na busca de uma reconciliação no país, que não vai resolver seus problemas apostando apenas na ação militar.
Qureshi também falou dos programas de ajuda que seu país mantém no Afeganistão e fez menção especial ao "histórico" Acordo de Comércio e Trânsito entre Paquistão e Afeganistão, assinado no domingo passado.
Tanto a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, como o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, saudaram o acordo, que permitirá que o Paquistão tenha acesso aos mercados da Ásia Central através do Afeganistão. Já os afegãos poderão utilizar o território paquistanês para levar as exportações à Índia.
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