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21/07/2010 - 15h51

Diretor de cartório argentino diz que prefere casar repressor a homossexuais

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DA EFE, EM BUENOS AIRES

O diretor do Registro Civil da cidade argentina de Concordia, Alberto Arias, disse que prefere fazer o casamento do ex-militar Alfredo Astiz a casar duas pessoas do mesmo sexo.

Conhecido como "Anjo da Morte", Astiz foi condenado por crimes contra a humanidade cometidos na principal prisão clandestina da ditadura argentina (1976-1983).

Na França, Astiz foi condenado à prisão perpétua em 1990 pelo sequestro e assassinato de duas religiosas francesas.

Há 20 anos à frente do Registro Civil de Concordia, Arias disse que fará uso do direito à objeção de consciência para não realizar um casamento entre homossexuais, e que, se fosse o caso, preferiria casar o ex-militar.

"Sim, o pobre homem, por que não vou casá-lo? Se não, não podemos mais rezar o pai-nosso. Se não perdoamos, não podemos. Até quando vamos acusar?", questionou Arias.

Depois de se definir como "profundamente católico", Arias considerou que permitir o casamento homossexual "é um erro dos deputados e senadores porque ditaram uma espécie de igualdade que não corresponde".

A Argentina aprovou na quinta-feira passada uma reforma do Código Civil que permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo após um duro e intenso debate legislativo que refletiu a divisão existente no país a respeito do tema. A lei deve ser assinada hoje pela presidente Cristina Kirchner.

Vários juízes de paz do país anteciparam que se negarão a oficiar casamentos entre homossexuais, apesar de a lei não contemplar esta possibilidade.

 

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