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23/07/2010 - 16h21

Morre na Argentina ex-militar acusado de crimes na ditadura

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DA EFE, EM BUENOS AIRES

O ex-general Acdel Edgardo Vilas, acusado de crimes contra a humanidade cometidos na Argentina durante a ditadura militar (1976-1983), morreu em Buenos Aires, informou nesta sexta-feira a imprensa local.

Vilas esteve envolvido em atos de repressão ilegal em vários pontos do país durante o regime, chegou a ser detido e a declarar à Justiça sua responsabilidade nos casos.

Em 1988, ele foi perdoado pela Suprema Corte e, um ano depois, foi um dos beneficiados pelos indultos concedidos a militares pelo então presidente da Argentina Carlos Menem.

"Foi um repressor muito temível", disse hoje ao jornal "Tiempo Argentino" Hugo Cañón, que atuou como promotor em causas por crimes contra a humanidade na cidade de Bahía Blanca.

Entre outros crimes, Vilas foi acusado de ser o responsável por montar um centro clandestino de detenção na província de Tucumán, no norte da Argentina, além de vários casos de sequestros e torturas.

Também foi acusado de comandar a repressão ilegal do Exército no sul da província de Buenos Aires e em Río Negro.

Após a anulação das chamadas leis do perdão na Argentina, Vilas não pôde ser levado novamente aos tribunais devido à deterioração de sua saúde por um derrame cerebral e, por isso, o ex-militar morreu sem ser condenado.

PRISÃO DOMICILIAR

Já o ex-ministro da Economia argentino José Alfredo Martínez de Hoz, indiciado pelo sequestro de dois empresários durante a ditadura no país (1976-1983), foi transferido hoje para sua casa depois que a Justiça permitiu sua prisão domiciliar.

Ministro entre 1976 e 1981, Martínez de Hoz cumpria uma ordem de prisão preventiva desde maio, mas depois que foi internado em uma clínica de Buenos Aires, seus advogados de defesa solicitaram à Justiça o cumprimento de sua detenção em casa.

Segundo fontes judiciais, o ex-ministro, de 84 anos, "foi transferido nesta sexta-feira para seu domicílio particular, onde cumprirá a prisão preventiva".

No último dia 15, a Justiça argentina rejeitou por maioria a libertação de Martínez de Hoz, mas lhe concedeu a prisão domiciliar.

O ex-ministro foi indiciado pelo sequestro com fins de extorsão dos empresários Federico e Miguel Gutheim, pai e filho.

A Justiça investiga se os Gutheim foram sequestrados entre novembro de 1976 e março de 1977 para serem obrigados a assinar uma operação comercial com Hong Kong que favorecia o regime ditatorial argentino.

Também hoje, a Justiça argentina prorrogou a prisão preventiva do ex-ditador Jorge Rafael Videla, também acusado pelo sequestro.

 

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