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ONU nomeia equipe para investigar ataque de Israel a navio
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O Conselho de Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas) nomeou nesta sexta-feira três especialistas encarregados de realizar uma investigação independente sobre o ataque de Israel contra a frota humanitária internacional que tentou furar o bloqueio a Gaza, e que deixou um saldo de nove mortos.
Os designados são Desmond de Silva (Reino Unido), ex-promotor do tribunal especial para Serra Leoa, Mary Shanthi Dairiam (Malásia), do grupo de trabalho sobre a igualdade de sexos do Programa da ONU para o Desenvolvimento (Pnud) e Karl Hudson-Phillips (Trinidad e Tobago), juiz da Corte Penal Internacional de 2003 a 2007.
O conselho de 47 países votou pela abertura de um inquérito independente em 2 de junho para investigar o que chamou de violações da lei internacional no ataque de um comando de Israel em maio, no qual nove ativistas turcos pró-palestinos morreram.
"A experiência, a independência e a imparcialidade dos membros da missão estarão devotadas a esclarecer os acontecimentos ocorridos naquele dia e a legalidade deles", afirmou o embaixador da Tailândia Sihasak Phuangketkeow, atual presidente do conselho.
"Pedimos que as partes cooperem totalmente com a missão e esperamos que essa missão contribua para a paz na região e para a Justiça às vítimas", disse ele.
Também nesta sexta, a Israel decidiu restituir à Turquia três dos navios apreendidos em 31 de maio durante o ataque contra a frota, informou a rádio pública israelense.
A Marinha israelense invadiu a flotilha em 31 de maio, matando oito turcos e um turco-americano a bordo de uma embarcação turca.
Israel afirmou que seus comandos agiram em autodefesa e rejeitou os pedidos para um inquérito internacional sobre a operação.
Mas Paquistão e Sudão lideraram uma iniciativa dos países muçulmanos no Conselho de Direitos Humanos da ONU, onde têm maioria, para condenar a operação como ultrajante e exigir "inquéritos independentes verossímeis."
A equipe da ONU deve viajar para Israel, Turquia e Gaza em agosto a fim de entrevistar testemunhas e coletar informações antes de reportar ao conselho em setembro. O conselho abrirá uma sessão de três semanas em Genebra no dia 12 de setembro.
Não estava claro se Israel iria cooperar e permitir a visita da equipe, de acordo com fontes da ONU.
Um inquérito militar israelense divulgado em 12 de julho encontrou erros operacionais e de inteligência na operação, mas defendeu o uso da força.
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