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28/07/2010 - 22h30

Morre suposto líder do Exército do Povo Paraguaio

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DA EFE, EM ASSUNÇÃO

Um dos supostos líderes do chamado Exército do Povo Paraguaio (EPP), um grupo armado de extrema esquerda, morreu nesta quarta-feira durante um enfrentamento com a polícia no Chaco, região Ocidental do país.

Trata-se de Severiano Martínez, que já tinha conseguido escapar após ser ferido em outro enfrentamento com a polícia em abril. Nessa ocasião, um agente e um civil também ficaram feridos.

O ministro do Interior, Rafael Filizzola, detalhou que sobre o agora falecido pesavam cinco ordens de captura por vários crimes, entre eles o sequestro e assassinato de Cecilia Cubas, filha do ex-presidente do Paraguai Raúl Cubas (1998-99).

Além disso, Martínez foi vinculado ao sequestro de María Edith Bordón, mulher de um rico empresário liberada em 2001 após o pagamento de um resgate.

"Vamos seguir levando adiante os esforços para capturar todos os integrantes deste grupo armado", ressaltou Filizzola.

Martínez foi morto durante as operações de busca realizadas há vários meses pelas forças de segurança no Chaco, assim como nos departamentos de Concepción (norte) e San Pedro (centro), em cujas regiões de floresta, segundo a Promotoria, opera esse grupo armado.

O EPP é uma cisão do extraparlamentar Partido Pátria Livre (PPL) e, de acordo com as autoridades, recebeu treinamento das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

A morte de Martínez acontece no mesmo dia em que Filizzola afirmou em entrevista coletiva que "é absurdo sustentar que o presidente do Paraguai (Fernando Lugo) pode ter alguma vinculação com pessoas que foram investigadas durante este Governo".

O ministro do Interior aludiu a informações publicadas nesta quarta-feira pelo jornal paraguaio "Abc Color", que reproduziu uma foto de Lugo com o irmão de uma suposta integrante do EPP.

 

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