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01/08/2010 - 11h37

Explosões no sul do Afeganistão matam ao menos dez civis e um soldado da Otan

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Ao menos dez civis morreram neste domingo no Afeganistão, vítimas de explosões na Província de Candahar, no sul do país.

Um dos incidentes ocorreu no distrito de Maywand, quando um ônibus atingiu uma mina terrestre instalada ao lado de uma estrada que conecta Candahar à Província de Helmand, informou o governador Provincial Zalmi Auybi.

A explosão provocou a morte de seis civis, entre eles mulheres e crianças, e deixou nove pessoas feridas.

Em outro fato na mesma estrada, também em Candahar, quatro civis morreram e 11 ficaram feridos quando o veículo no qual viajavam foi vítima da explosão de outra mina terrestre.

Em um terceiro incidente, três crianças ficaram feridas na explosão de uma bomba no distrito de Arghandad, após o que foram transferidos para um hospital da capital Provincial.

As minas e as bombas de fabricação caseira são alguns dos métodos mais utilizados pelos insurgentes talebans para atacar as tropas internacionais que atuam no Afeganistão, embora costumem causar baixas na população civil.

No total, 1.074 civis morreram no primeiro semestre do ano vítimas da guerra afegã, um aumento de 1,3% em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da organização independente Afghanistan Rights Monitor (ARM).

Ainda no sul do Afeganistão um soldado das forças internacionais da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) também morreu vítima de ataques insurgentes, informou a aliança militar ocidental.

HOLANDA RETIRA TROPAS

As mortes de civis e militares deste domingo chegam no mesmo dia em que a Holanda anunciou a retirada de suas tropas no Afeganistão, após quatro anos de atuação junto à Otan.

As tropas holandesas da Força Internacional de Assistência à Segurança (Isaf) iniciaram a retirada do Afeganistão após o cumprimento do prazo de sua missão e sem o acordo do governo do país para prolongar o mandato, como desejava a Otan.

Após permanecer quatro anos na guerra, a Holanda transferiu o comando na Província de Uruzgan (sul do país) aos militares americanos e australianos.

As diferenças no seio da coalizão de governo holandês quanto ao prolongamento da missão no Afeganistão motivaram a saída do Partido Trabalhista do Executivo local e a consequente queda do governo em fevereiro.

A Otan tinha solicitado à Holanda uma extensão de sua operação no Afeganistão, algo que apoiava o então primeiro-ministro, o democrata-cristão Jan Peter Balkenende, mas não os trabalhistas, que no momento eram a segunda força política do país.

A operação holandesa no Afeganistão, que se começou em 1º de agosto de 2006, custou cerca de 229 milhões de euros. Nos quatro anos de missão, morreram 24 soldados do país, enquanto cerca de 140 ficaram feridos.

O ministério de Assuntos Exteriores da Holanda destaca que a situação da segurança na região melhorou um pouco, lembrando que no momento há 1.600 agentes ativos enquanto em 2006 'quase não havia polícia profissional'.

 

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