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Protestos deixam um morto e 30 feridos na Caxemira; governo pede reforço
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
As tropas do governo atiraram nesta segunda-feira contra milhares de manifestantes contrários ao domínio indiano na Caxemira, matando ao menos uma pessoa e ferindo outras 30. A onda de violência começou há sete semanas na região e deixou um total de 34 mortos, levando o governo a pedir reforço nas forças de segurança.
A Caxemira é um enclave de maioria muçulmana cuja soberania é disputada por Índia e Paquistão desde a independência das duas colônias do Reino Unido, em 1947. Os vizinhos chegaram a declarar guerra pela região.
Nesta segunda-feira, um jovem caxemiriano ferido morreu três dias após ser ferido por gás lacrimogêneo lançado contra manifestantes pelas forças indianas de segurança.
O chefe do governo da Caxemira indiana, Omar Abdullah, se reuniu com o premiê indiano, Manmohan Singh, ministro do Interior, Palaniappan Chidambaram, e o ministro de Defesa, A.K. Antony, para pedir ajuda e discutir como enfrentar a onda de violência.
"O Ministério do Interior me assegurou que vão estudar nosso pedido de aumentar as forças para que tenhamos um número adequado", disse Abdullah, após reconhecer que se necessita claramente de reforços.
Abdullah qualificou o problema da região como um assunto político e pediu à população que deixe de fazer justiça com as próprias mãos.
Ele também assegurou que as autoridades continuarão aplicando de forma estrita os toques de recolher para controlar a situação.
Grupos de manifestantes continuam, contudo, desafiando a medida e foram para as ruas desde a sexta-feira passada em várias localidades, incluindo a capital, Srinagar.
Ele afirma que a situação é extremamente difícil, apesar dos protestos não serem planejados e nem liderados por algum grupo.
O principal grupo separatista da região convocou, contudo, seus seguidores a continuarem com as marchas contra a Índia. Seu líder, Syed Ali Geelani, foi libertado no último sábado da prisão domiciliar imposta no mês anterior.
Pouco antes da reunião com Abdullah, o ministro Chidambaram admitiu no Parlamento que a situação é grave na região.
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