Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
04/08/2010 - 11h12

Com Santos no poder na Colômbia, Lula acredita em melhoria da relação com Venezuela

Publicidade

SIMONE IGLESIAS
DE BRASÍLIA

O fim do governo de Alvaro Uribe e a "propensão" ao diálogo de Juan Manuel Santos, que assume a presidência da Colômbia no próximo sábado, permitirão, segundo o governo brasileiro, a melhora nas relações com a Venezuela.

O porta-voz da Presidência, Marcelo Baumbach, disse nesta quarta-feira que o presidente Lula quer servir como um "ponto de fomento ao diálogo" mas que cabe aos dois países acharem uma solução para sucessivos impasses.

"[Santos] deseja dialogar e o presidente Lula espera que essa propensão ao dialogo leve a uma melhoria nas relações entre esses dois vizinhos", disse Baumbach.

Segundo ele, o episódio em que Uribe criticou Lula por ter se referido à atual crise entre Colômbia e Venezuela como "um caso de assuntos pessoais" foi "superado" por Lula.

Sexta-feira à noite, o presidente brasileiro participará de jantar em Bogotá em homenagem a Uribe. Ainda não foi marcada nenhuma reunião bilateral com o atual presidente colombiano, mas poderá acontecer na manhã de sábado, horas antes de Uribe deixar o poder.

"O presidente está disposto a ajudar nesse diálogo e se colocou à disposição desde o início. Mas não cabe ao Brasil levar propostas porque esse assunto depende de iniciativa das partes, da vontade das partes de dialogar para que soluções sejam encontradas. O presidente Lula quer servir como ponto de fomento ao diálogo", afirmou o porta-voz.

Na tarde de sábado, Lula acompanhará a posse de Santos. Sua presença em Bogotá, segundo Baumbach, servirá para demonstrar que o Brasil tem interesse em intensificar as relações bilaterais e de servir de canal de diálogo para todos os países da região.

No último dia 22, a Colômbia denunciou na OEA (Organização does Estados Americanos) a presença de 1.500 guerrilheiros das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e do ELN (Exército de Libertação Nacional) em território venezuelano.

Além de pedir à OEA a criação de uma comissão internacional que verifique as denúncias colombianas em até 30 dias, o governo Uribe e pediu a Caracas para que coopere na luta contra o terrorismo, cumprindo suas obrigações internacionais.

As denúncias da Colômbia foram o estopim para o rompimento das relações entre o país e a Venezuela, anunciado no mesmo dia 22 pelo presidente venezuelano, Hugo Chávez.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página