Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
05/08/2010 - 11h00

Apuração parcial aponta que quenianos aprovam nova Constituição

Publicidade

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A apuração parcial de mais da metade das urnas aponta que 67% dos quenianos aprovaram a nova Constituição, em um referendo pacífico que pode mudar o panorama político da maior economia do leste da África. Outros 33% votaram pelo não, conforme os dados informados pela comissão eleitoral às 13h (7h em Brasília).

Estes resultados correspondem aos anunciados por várias pesquisas, que indicavam vitória do "sim", com percentuais entre 66% e 68% dos votos. Para ser aprovada, a lei exigia 50% mais um voto da cédula nacional, e pelo menos 25% dos votos em cinco das oito Províncias do Quênia.

Os defensores do "sim" já reivindicaram a vitória na manhã de quinta-feira, com o ministro da Energia, Kiraitu Murungi, dizendo que os quenianos "falaram com uma voz trovejante" e que "o Quênia verdadeiramente renasceu".

O ministro de Ensino Superior, William Ruto, dirigente do lado do "não", admitiu a derrota, mas logo partiu para a ofensiva.

Ruto disse que, como 60% dos eleitores inscritos se abstiveram ou disseram "não", deve haver consultas imediatas com o "sim" sobre emendas ao projeto.

As mudanças que devem ser aprovadas pelos eleitores incluem permitir um maior controle sobre os poderes presidenciais, maior descentralização para as administrações populares e um aumento das liberdades civis.

O novo projeto aborda ainda corrupção, o clientelismo político, apropriação de terras e o tribalismo que têm assolado o Quênia desde a independência do Reino Unido, em 1963.

"A confiança era um requisito essencial para recuperação econômica e a passagem pacífica do voto deve fazer muita coisa para destacar isso", disse Razia Khan, economista do Standard Chartered Bank.

A votação foi acompanhada por 73 mil policiais, com o objetivo de evitar uma repetição da violência pós-eleitoral de 2008, quando 1.300 morreram e mais de 300 mil tiveram de deixar suas casas. O presidente da comissão eleitoral, Ahmed Isaack Hassan, pediu em comunicado respeito à independência do órgão.

Depois de dois anos, a Carta é vista como um passo importante para evitar uma repetição do derramamento de sangue.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página