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05/08/2010 - 22h12

Oposição chama Cameron de "tosco" após gafe sobre o Irã

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AVRIL ORMSBY
DA REUTERS, EM LONDRES

Adversários do primeiro-ministro britânico, David Cameron, acusaram-no na quinta-feira de ser "tosco em política externa", depois de dizer equivocadamente que o Irã possui armas nucleares.

A gafe aconteceu num evento público em Brighton (sul), onde Cameron afirmou que a eventual adesão da Turquia à União Europeia contribuiria com a solução de alguns dos problemas mundiais, "como o processo de paz do Oriente Médio, como o fato de que o Irã conseguiu uma arma nuclear".

O Ocidente suspeita que o Irã esteja empenhado em desenvolver armas atômicas, mas não acusa o país de já as possuir. O Irã diz que seu programa nuclear se destina exclusivamente a fins pacíficos.

Um porta-voz de Cameron disse que "se você olhar as palavras do primeiro-ministro, está claro que ele está falando sobre a busca do Irã por uma arma nuclear".

Desde que tomou posse, em maio, Cameron já cometeu outras gafes na política externa, como ao dizer, durante uma viagem aos EUA, que a Grã-Bretanha é o sócio minoritário na relação especial entre os dois países, e que já havia assumido esse papel em 1940, quando ambos combatiam o nazismo. Na verdade, os EUA só entraram na guerra em 1941, bem depois do Reino Unido.

Na semana passada, Cameron ofendeu o Paquistão durante uma visita à arquirrival Índia, ao dizer que Islamabad não podia "promover a exportação do terror". O seu Partido Conservador disse que ele estava sendo incisivo, e não cometendo uma gafe.

Chris Bryant, porta-voz para assuntos europeus do Partido Trabalhista, o maior da oposição, disse que as declarações de Cameron sobre o Irã foram "embaraçosas e perigosas".

"Ele está cada vez mais ficando com a reputação de ser tosco ('klutz', em inglês) em política externa", disse Bryant em nota. "Isso é menos um soluço e mais um hábito perigoso."

"Os comentários do primeiro-ministro são profundamente impertinentes. Eles irão alimentar a propaganda iraniana de que a comunidade internacional está enganada sobre a política nuclear do Irã."

 

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