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Chávez diz que novo embaixador dos EUA está "quase desabilitado" para cargo
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DA EFE, EM CARACAS
O presidente venezuelano, Hugo Chávez, disse nesta quinta-feira que as recentes afirmações do embaixador americano designado para a Venezuela, Larry Palmer, "quase o desabilitam" para assumir o cargo.
Após sustentar em breves declarações a jornalistas em Caracas que seu governo ainda "avalia" o assunto, Chávez reafirmou que o dito por Palmer no Senado americano na terça-feira passada "é muito grave".
Palmer disse no Comitê de Relações Exteriores do Senado americano que a moral dos militares venezuelanos era "consideravelmente baixa, particularmente devido a designações orientadas" pela esfera política.
A afirmação do diplomata fez parte das respostas a um questionário de 12 perguntas dos senadores para avaliar sua idoneidade como novo embaixador dos EUA na Venezuela.
Pouco antes de Chávez se pronunciar ao respeito, o Ministério das Relações Exteriores emitiu uma nota na qual anuncia que "solicitou explicações ao governo dos Estados Unidos antes de tomar uma decisão definitiva sobre este assunto".
Após ressaltar que as palavras de Palmer constituem "um sério precedente de ingerência e intervencionismo para alguém que sequer pisou no território venezuelano", a nota oficial da Venezuela diz que "está avaliando as consequências desta declaração inaceitável", a qual rejeitou "energicamente em todas suas partes".
O ministro da Defesa venezuelano, general Carlos Mata, leu hoje uma nota de rejeição oficial da Força Armada Nacional Bolivariana (FANB).
A FANB, "como instituição", diz a nota, "rejeita categoricamente as declarações" de Palmer, que de maneira "absurda, temerária e irresponsável atacou a dignidade e decoro dos que integram esta instituição".
Após destacar que a FANB está atualmente "equipada com sofisticados sistemas de armas", o comunicado ressalta que seus soldados "estão capacitados intelectual, física e profissionalmente para enfrentar desafios e ameaças" e que, ao contrário do dito por Palmer, têm "uma elevada moral".
Palmer também apontou um suposto vínculo entre o Governo de Chávez e forças guerrilheiras colombianas, o que foi respaldado hoje pelo Governo do presidente americano, Barack Obama, que disse compartilhar de tais "preocupações" por meio do porta-voz do Departamento de Estado para a América Latina, Charles Luoma-Overstreet.
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