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11/08/2010 - 05h51

Al Qaeda aumenta presença no Iraque, diz jornal britânico

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DA EFE, EM LONDRES

A Al Qaeda planeja aumentar sua presença no Iraque, e "comprou" centenas de antigos aliados sunitas para que se unam a suas fileiras, segundo a edição desta quarta-feira do jornal britânico "The Guardian".

O jornal cita como fontes dois importantes líderes das milícias que contam com o apoio dos Estados Unidos, que asseguram que a Al Qaeda oferece aos membros destes grupos uma quantia em dinheiro superior à qual recebem como salário do governo iraquiano.

A Al Qaeda, afirmam estes líderes, quer aproveitar o momento para aumentar seus efetivos no Iraque, em uma tentativa de demonstrar que têm presença e influência no país, sete anos depois da invasão internacional para derrubar o ex-presidente Saddam Hussein.

A rede terrorista liderada por Osama Bin Laden também pode estar tentando se situar em posição estratégica para aproveitar o vazio de poder causado pela instabilidade política no Iraque, que segue sem ter um governo operacional cinco meses depois das eleições.

O xeque Sabah Al Janabi, líder do grupo "Os Filhos do Iraque", declara ao jornal que 100 dos 1.800 homens sob seu comando não recolheram seus salários dos últimos dois meses, o que considera um forte indício de que aceitaram dinheiro da Al Qaeda.

"A Al Qaeda voltou com força. Este é meu bairro e conheço cada uma das pessoas que vivem aqui. E sei a quem apóiam agora", assinala Al Janabi, cujo grupo opera em Hilla, localidade a 100 quilômetros ao sul de Bagdá.

"Os Filhos do Iraque" nasceram de uma série de pequenas rebeliões no final de 2006 contra combatentes associados com a Al Qaeda, que as forças americanas, comandadas então pelo general David Petraeus, quiseram fazer atuar a seu favor.

O comando militar americano aceitou o pagamento a cada um de seus membros um salário de US$ 300 (230 euros), para que estes grupos participassem da repressão aos insurgentes.

O grupo passou a ser controlado pelo governo do Iraque em 2008 e desde então houve várias queixas sobre falta de confiança e atraso no pagamento dos salários, e contínuos ataques contra membros de "Os Filhos do Iraque" em todo o país.

 

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