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Exército dos EUA pressiona para desacelerar retirada do Afeganistão, diz "NYT"
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DE SÃO PAULO
Líderes militares dos EUA exercem pressão para desacelerar a retirada das tropas americanas do Afeganistão --cujo início está previsto para julho de 2011. A informação foi divulgada nesta quarta-feira em reportagem do jornal americano "New York Times".
De acordo com fontes do governo ouvidas pelo jornal em condição de anonimato, comandantes do Exército argumentam que, apesar de os EUA estarem há nove anos presentes no país, apenas há cerca de um ano a estratégia passou a "dar certo".
Por isso, de acordo com os chefes militares, seria preciso "aguardar mais um pouco" e refletir mais a respeito de como funcionará a presença dos EUA no país "a longo prazo".
No entanto, lembra o "NYT", até o momento a Casa Branca confirma que irá seguir o plano de retirada estabelecido. A idéia é dar início à retirada em julho de 2011, mas dar um prazo de cerca de dois anos aos EUA para transferir o controle da segurança ao Afeganistão.
Obama deve fazer uma avaliação formal do progresso no país em dezembro deste ano. Até agora, seu governo não deixou claro qual será a velocidade da redução da presença americana no país. No entanto, segundo fontes da Casa Branca ouvidas pelo jornal, Obama deixou claro que leva o processo "a sério", e que não se trata de um compromisso "sem fim".
Durante reunião de governo sobre a estratégia para o Afeganistão e o Paquistão, o secretário de Defesa americano, Robert Gates, teria dito que "em qualquer lugar do país" deverá ser possível "reconstruir, controlar e transferir" a segurança às forças afegãs em dois anos.
No entanto, segundo analistas ouvidos pelo "NYT", dois anos é pouco tempo para o processo.
CENÁRIO
A atual situação do Afeganistão indica que a estabilidade desejada antes da transição de poder ainda demandará muito esforço.
Recentemente o general Stanley McChrystal, que comandava as operações ocidentais no país, foi afastado após criticar a administração Obama em uma entrevista para a a revista "Rolling Stone". No seu lugar, assumiu o general David Petraeus, grande nome da retirada das tropas americanas no Iraque.
Ele assumiu em junho deste ano, mês que se tornou o mais violento para as tropas internacionais desde o início da guerra, com 102 mortes, contra pouco mais de 70 em agosto de 2009.
Os Estados Unidos lideraram uma invasão ao Afeganistão para derrubar o Taleban depois dos ataques de 11 de setembro de 2001. Nos últimos dois anos, no entanto, o Taleban tem aumentado a frequência dos ataques, e a pressão por uma estratégia de retirada das tropas vem crescendo.
Semanas atrás o presidente americano, Barack Obama, disse em entrevista ao jornal italiano "Corriere dela Sera" que uma redução gradativa da presença norte-americana no Afeganistão começaria em meados de 2011. "Até o final do próximo ano devemos começar a transição, mas isso não significa que nossa presença irá desaparecer da noite para o dia", disse ele.
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