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Pentágono alerta WikiLeaks sobre "irresponsabilidade" de divulgar novos documentos
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DA REUTERS, EM SAN DIEGO
O Pentágono alertou nesta quinta-feira ao site WikiLeaks que seria "o cúmulo da irresponsabilidade" divulgar novos documentos sobre a guerra no Afeganistão, como promete o grupo especializado no vazamento de informações sigilosas.
O WikiLeaks divulgou no mês passado mais de 90 mil documentos sobre a guerra do Afeganistão, e há rumores de que outros 15 mil virão à tona em breve. O porta-voz do Pentágono, Geoff Morrell, repetiu o apelo do governo dos Estados Unidos para que o site não coloque na Internet os materiais secretos, e os devolva às autoridades.
"É difícil acreditar em qualquer coisa que o WikiLeaks diz, mas nossa posição a esse respeito já deveria ser bem conhecida de todos", disse Morrell, acompanhando o secretário Robert Gates numa viagem à Califórnia.
O Pentágono diz que os vazamentos de documentos colocam em risco tropas dos Estados Unidos e seus informantes no Afeganistão.
"Se eles publicarem quaisquer documentos adicionais após ouvirem nossas preocupações a respeito do dano que isso causará às nossas forças, aos nossos aliados e aos civis afegãos inocentes, será o cúmulo da irresponsabilidade", disse Morrell. "Irá agravar um erro que já colocou em risco vidas demais."
Antes, durante visita ao navio USS Higgins, atracado em San Diego, Gates foi questionado por um marinheiro sobre as consequências dos vazamentos. "Há sérias consequências operacionais", respondeu. "Há nomes de um monte de afegãos que trabalharam conosco e nos ajudaram nesses documentos."
Ele afirmou que os documentos divulgados no mês passado revelam muitas informações sobre táticas, técnicas e procedimentos dos EUA, inclusive apontando vulnerabilidades.
"Sabemos que a inteligência tanto do Taleban quanto da Al Qaeda receberam orientações para vasculhar esses documentos em busca de informações, então acho que as consequências são potencialmente muito severas", disse Gates.
"Não temos ainda informações específicas sobre um afegão ter sido morto por causa deles [os documentos], mas eu enfatizaria a palavra 'ainda'", afirmou ele aos marinheiros.
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