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Advogado desmaia e julgamento de preso de Guantánamo é suspenso
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O julgamento do canadense Omar Khadr, na base militar americana para suspeitos de terrorismo de Guantánamo, em Cuba, foi suspenso abruptamente na quinta-feira depois que o advogado de defesa desmaiou e foi levado para um hospital.
Depois de várias horas de interrogatórios, o advogado de defesa ante a corte militar, tenente-coronel Jon Jackson, pediu uma quarta pausa de cinco minutos. Em seguida, caiu de joelhos e desmaiou.
AP/The Canadian Press |
O canadense Omar Khadr, primeiro detento de Guantánamo a ser julgado durante governo de Barack Obama nos EUA |
Uma ambulância o levou para um hospital. Um suboficial informou nesta sexta-feira que Jackson foi operado da vesícula há seis semanas e que o incidente estaria relacionado com a cirurgia.
Khadr, 23, foi capturado quando tinha 15 anos, no Afeganistão. Ele é o último ocidental que permanece detido na base militar americana. Ele esta sendo julgado por matar um militar americano durante um combate em 2002. O canadense também é acusado de ter sido treinado pela rede terrorista Al Qaeda.
Enquanto a promotoria o descreve como um militante da rede Al Qaeda, advogados de defesa dizem que ele foi uma vítima, forçado a aderir ao conflito pela própria família, que possui ligações com Osama bin Laden. Seu pai, Ahmed Said Khadr, que é canadense de origem egípcia, era supostamente um dos financiadores de atividades terroristas.
Sua captura, em 27 de julho de 2002, ocorreu após um confronto entre forças especiais dos EUA e militantes da Al Qaeda no leste do Afeganistão. Khadr, que foi atingido por dois disparos durante o combate, foi tratado por médicos americanos antes de ir para Guantánamo.
Ele nega que tenha lançado granadas contra as forças americanas e se declarou inocente de todas as acusações -- entre elas assassinato, conspiração e espionagem. Ele pode ser condenado a prisão perpétua.
Khadr rejeitou uma oferta de Washington de uma pena de 30 anos de prisão, incluindo 25 anos no Canadá, em troca de se declarar culpado.
Obama revisou o sistema legal para garantir mais direitos legais aos prisioneiros de Guantánamo. No entanto, para ativistas de direitos humanos, o sistema continua injusto, e os julgamentos deveriam ocorrer em cortes civis americanas.
Após tomar posse, em 2009, Obama prometeu que fecharia a prisão no prazo de um ano. No entanto, sua intenção foi frustrada pelo Congresso, que não concordou em extraditar os prisioneiros.
Guantánamo ainda abriga cerca de 180 prisioneiros. A maioria dos detentos da base militar passou anos sem acusação formal ou julgamento, graças à estratégia do governo de George W. Bush de criar um "buraco negro legal".
Pelo entendimento do antigo governo, os suspeitos não podiam recorrer às garantias da Constituição americana --por não estarem nos EUA-- e não precisavam ser tratados de acordo com a Convenção de Genebra --por não serem considerados prisioneiros de guerra, já que não combatiam legalmente por nenhum país.
O presidente americano, Barack Obama, decretou o fechamento da prisão até janeiro deste ano, mas seus esforços foram atrapalhados por dificuldades políticas, legais e diplomáticas.
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