Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
19/08/2010 - 17h50

Morales elogia decisão de Corte de invalidar acordo militar entre Colômbia e EUA

Publicidade

DA ANSA, EM LA PAZ

O presidente da Bolívia, Evo Morales, qualificou nesta quinta-feira como uma reação de "dignidade e soberania" a decisão da Corte Constitucional da Colômbia de declarar inválido o acordo que permite o uso de bases militares do país por norte-americanos.

EUA reiteram "cooperação" com Colômbia após acordo militar ser vetado na Justiça
Justiça invalida acordo militar entre Colômbia e EUA; Bogotá acata decisão
Saiba mais sobre o controverso acordo militar firmado entre EUA e Colômbia

"Cedo ou tarde, o povo colombiano e suas instituições iriam reagir em defesa de sua dignidade" e contra a ingerência externa, declarou hoje o mandatário, em uma entrevista coletiva.

Morales assinalou ter ficado "surpreso" que o tribunal "rejeitou as bases porque não foram aprovadas pelo Congresso", mas parabenizou "essa decisão, ainda que digam que é intromissão", porque foi tomada "em defesa aberta da soberania do povo colombiano", defendeu.

Ele afirmou acreditar que a presença de bases militares dos Estados Unidos na América Latina "não fortalece a democracia e o desenvolvimento de nenhuma forma, ao contrário, fragilizam a unidade e a integração e põem em risco a paz".

IRAQUE

O presidente boliviano também classificou como "uma derrota" dos EUA a retirada de suas tropas do Iraque e manifestou que espera que a nação "aprenda com essa experiência e nunca mais intervenha em outros países". Ele opinou que os americanos usam o pretexto da "luta contra o narcotráfico e o terrorismo" para "saquear os recursos naturais".

A retirada completa dos militares americanos do país do Oriente Médio está prevista para ocorrer até o final de 2011. A invasão iraquiana foi iniciada em 2003 e o número de soldados mantidos pelos EUA caiu de 140 mil para 50 mil neste mês.

BOLÍVIA

Morales lembrou ainda que a presença de tropas desta nação já ocorreu na Bolívia durante governos entre 1985 e 2006, quando membros da Agência Antidrogas dos EUA (DEA) instalaram-se na região de El Chapare com o pretexto de combater o narcotráfico.

Naquela época, "os militares dos Estados Unidos davam ordens até para os chefes policiais e militares da Bolívia e portavam armas, além de exigir a repressão aos camponeses", acusou o presidente.

CORTE

Nesta terça-feira, a Corte Constitucional colombiana declarou que o acordo assinado em outubro do ano passado pelo ex-presidente Álvaro Uribe (2002-2010) com o governo dos EUA, que autoriza a presença de até 1.400 americanos em sete bases do país por até dez anos, era inconstitucional.

Por sete votos a favor e dois contra, o tribunal determinou que o convênio não é uma atualização de pactos anteriores, como alegavam as autoridades locais, e pediu ao Executivo que submetesse o projeto ao Congresso --o que não foi feito por Uribe--, já que ele "cria novas obrigações ao Estado".

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página