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Jimmy Carter viaja à Coreia do Norte para tentar libertar americano
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O ex-presidente americano Jimmy Carter viajará nesta terça-feira a Pyongyang, na Coreia do Norte, para negociar com o regime comunista a libertação do americano Aijalon Mahli Gomes, condenado a oito anos de prisão por entrar ilegalmente no país.
Gomes, 30, que morava na cidade de Boston, foi sentenciado em abril a oito anos de prisão e trabalhos forçados e multa de US$ 700 mil. Ele foi detido na Coreia do Norte, em 25 de janeiro passado, após entrar ilegalmente pela fronteira com a China. Segundo a KCNA, o professor de inglês assumiu todas as acusações.
A hipótese é de que ele tenha cruzado a fronteira em apoio ao missionário cristão americano Robert Park, que entrou em território norte-coreano no Natal para promover a conscientização sobre os abusos contra os direitos humanos. Park foi preso e depois libertado.
Em julho passado, a agência oficial norte-coreana informou que Gomes tinha tentado se suicidar na prisão.
Um funcionário consular, dois médicos e um tradutor do Departamento de Estado viajaram no início de agosto à Coreia do Norte em uma frustrada tentativa de conseguir a libertação do americano detido e condenado por entrada ilegal nesse país.
A Coreia do Norte rejeitou os apelos de Washington pela libertação de Gomes e chegou a afirmar que estava estudando como tornar sua punição ainda mais dura, conforme as leis de guerra, já que o país está em estado de guerra com os Estados Unidos.
Pyongyang já libertou três americanos que havia sido condenados por entrada ilegal no país, mas teria se negado a liberar Gomes diante da tensão causada pelo naufrágio de um navio da Marinha da Coreia do Sul. A Coreia do Norte foi acusada de ter causado o naufrágio, que deixou 46 marinheiros mortos, e pode ser condenado formalmente em uma resolução da ONU (Organização das Nações Unidas) apoiada por Washington.
Carter viaja acompanhado por sua mulher Rosalynn e sem nenhum funcionário do governo americano, já que vai ao país asiático como cidadão particular.
A viagem de Carter se assemelha ao esforço de outro ex-presidente americano, Bill Clinton, que conseguiu em agosto do ano passado libertar as americanas Laura Ling e Euna Lee. As duas jornalistas, que trabalhavam para a emissora Current TV, tinham entrado na Coreia do Norte para filmar um documentário e foram condenadas a trabalho forçado.
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