Sete grupos disputam o tráfico no México

O governo do México identificou sete grandes organizações que controlam o narcotráfico no país. Algumas delas se enfrentam entre si.

Os confrontos mais violentos ocorrem a 3.200 km da fronteira com os EUA, onde os cartéis Arellano Félix, Beltrán Leyva, Golfo, Sinaloa, os Zetas e Juárez lutam pela ampliação dos territórios sob seus controles.

Segundo a Procuradoria Geral da República, a violência que começou nos últimos meses no Estado de Tamaulipas é resultado das brigas no cartel do Golfo, que na década de 90 recrutou os Zetas, ex-soldados de elite que reuniram forças até formarem um grupo independente.

Em Chihuahua (norte), cuja faixa fronteiriça é a maior dos seis distritos próximos aos EUA, o cartel de Juárez luta para manter o controle das rotas de tráfico através de Ciudad Juárez, onde os Sinaloa tentam penetrar.

Esta última organização controla parte de Chihuahua e uma ampla zona de Sonora (noroeste). O grupo também disputa com os Zetas e os irmãos Beltrán Leyva uma parte do Estado da Baixa Califórnia (noroeste).

O cartel de Tijuana, liderado pelos irmãos Arellano Félix, mantém um relativo controle na cidade e na zona do Pacífico, onde existe disputa com outras organizações, entre elas o Sinaloa.

A sétima organização do narcotráfico é a La Familia, que atua no Estado de Michoacán (oeste) e mantém alianças com o cartel de Sinaloa.

Para cada líder das organizações, o governo mexicano oferece uma recompensa de cerca de US$ 2,2 milhões (aproximadamente R$ 3,8 milhões).